13 de abril | 2009

Guarani propôs qualificar cortadores de cana desempregados

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A Açúcar Guarani propôs ao governo de São Paulo a instituição de um Programa de Qualificação Profissional para cortadores de cana-de-açúcar desempregados por causa da mecanização do corte, das cidades de Olímpia, Barretos, Colina, Severínia e Guapiaçu. A proposta foi delineada numa reunião que aconteceu no dia seis de março de 2009, na Secretaria de Emprego e Relação do Trabalho do Estado de São Paulo.

Segundo comunicado, a Guarani sugeriu o início deste Programa por conta do aumento do desemprego, resultante da crescente mecanização da colheita da cana-de-açúcar, conseqüência do cumprimento do Protocolo Ambiental.

"Como prevê o Protocolo , até 2014 a colheita da cana terá que ser totalmente mecanizada. Dentro de sua Política de Sustentabilidade e Responsabilidade Social, a Açúcar Guarani decidiu propor o Programa de Qualificação Profissional aos poderes públicos para tentar minimizar o problema do desemprego nas comunidades onde está inserida", diz o comunicado.

Participaram do encontro o secretário-adjunto de Estado do Emprego e Relações do Trabalho, Pedro Jeha, prefeitos das cidades envolvidas, o coordenador do posto de apoio ao trabalhador de Barretos e o gerente de Relações Públicas e Institucionais da Açúcar Guarani, Luiz Antonio dos Santos.

A proposta do Programa prevê cursos de qualificação para moradores dos cinco municípios, desempregados, com idades entre 18 e 59 anos, com como opções de cursos de lubrificador, mecânico automotivo, eletricista, soldador, torneiro mecânico e instrumentista.

São funções para as quais as empresas do setor sucroenergético não estão encontrando profissionais qualificados nestas cidades e estão tendo que procurar em outras regiões do Estado. Os cursos serão ministrados por instituições referências na qualificação profissional, como o SENAI, SENAC, Cefet e Fundação Paula Souza.

O Protocolo Ambiental é um compromisso firmado entre algumas indústrias produtoras de açúcar e de álcool com o Governo do Estado de São Paulo que prevê o fim da queima da palha de cana-de-açúcar até 2017.

A primeira diretriz do protocolo, assinado em outubro de 2007 com as usinas, prevê a eliminação da queima em áreas mecanizáveis até 2014 e que até 2010 o porcentual de cana não queimada nessas regiões esteja em 70%. A segunda diretriz prevê o fim da queima em áreas não-mecanizáveis para 2017, com 30% já eliminada em 2010.

 

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