08 de novembro | 2009

Geninho deve assinar contrato emergencial do lixo dia 09, segunda-feira

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O prefeito Eugênio José Zuliani, Geninho, deverá assinar um contrato emergencial para a coleta, transporte, tratamento e des­tinação final do lixo, na segunda-feira, dia 9. Pelo menos isto é o que se pode depreender das explicações que deu à reportagem desta Folha, no final da manhã da sexta-feira, dia 6, quando confirmou, na quarta-feira, dia 11, como última data a poder descarregar o lixo doméstico coletado na cidade no atual aterro sanitário, conhecido popularmente como ‘lixão’.

De acordo com o prefeito, na tarde da sexta-feira, dia 6, o secretário de Obras e Serviços Urbanos, Gilberto Tonelli Cunha, ainda estaria cotando preços na região para que em seguida todos se reunissem e decidissem o que seria feito. Porém, mesmo assim deixou aberta a possibilidade de a decisão poderia sair apenas na segunda-feira.

Durante sua explanação a respeito do problema, Geninho justificou que não daria tempo de abrir edital para realizar o pregão presencial. Por isso, já não descartava a possibilidade de fazer um contrato emergencial, diante da impossibilidade de esticar ainda mais o prazo concedido pela Cetesb (Companhia de Tecnologia Ambiental e Saneamento Básico), que assinalou como prazo fatal a quarta-feira, dia 11.

Em relação aos atuais funcionários que atuam na coleta do lixo, disse que os mesmo não ficarão desempregados porque ou serão designados para outros locais, porque são concursados e efetivados na prefeitura, ou podem ir, futuramente, para a empresa que vencer o processo de licitação.

No entanto, há outras dificuldades. Além da questão da aquisição do terreno para a implantação do aterro sanitário, há outras como a resistência que os funcionários do setor com o uso do Equipamento de Proteção Individual (EPI) e ainda a idade da frota dos veículos. Além dessas coisas, há também a questão funcional para realizar a coleta do lixo.

“Não existe o cargo de coletor de lixo. Existe o motorista e auxiliar de serviços diversos e, às vezes temos que usar pessoas da frente de trabalho, o que nos preocupa demais porque a frente de trabalho não é para isso. A gente usa sabendo que está errado, mas para uma situação emergencial de alguns dias e queremos parar com isso”, explica.

De acordo com o prefeito, dos quatro caminhões hoje utilizados na coleta, provavelmente dois irão para o serviço de cata-galhos com carroceria de madeira e, outros dois deverão ser transformados em basculantes para transporte de terra.

Dessa forma, também segundo o prefeito, os motoristas vão continuar em suas funções enquanto que os auxiliares de serviços diversos serão realocados para outros serviços dentro de suas funções.

DESCASO DE CARNEIRO

De acordo com a documentação mostrada pelo prefeito à reportagem desta Folha, o problema do lixo vem se arrastando há pouco mais de sete anos. Foi no dia 24 de outubro de 2002, que o ex-prefeito Luiz Fernando Carneiro assinou um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), com o Ministério Público de Olímpia, através do promotor Luiz Carlos Ormeleze, se comprometendo a solucionar a questão do lixo.

Porém, Carneiro não cumpriu esse primeiro TAC e, aproximadamente dois anos depois, no dia 25 de maio de 2004, assinou novo compromisso com o mesmo promotor, que também não cumpriu. Por isso, em abril de 2009 a prefeitura foi avisada da interdição do ‘lixão’.

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