09 de junho | 2013

Funcionárias da Starbene ameaçam greve por aumento salarial

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As merendeiras que trabalham para o Centro de Distribuição (CD) da empresa Starbene Refeições Industriais, com sede em São Paulo, mas que está contratada pela Prefeitura Municipal de Olímpia desde o final de março de 2011, estão ameaçando entrar em greve por causa de um aumento salarial.

Se a nova situação for confirmada, as escolas da rede de ensino de Olímpia poderão ficar sem as merendas na segunda-feira da próxima semana, dia 10.

Isso porque, as mais de 100 merendeiras que prestam serviço à Starbene, que em Olímpia está estabelecida na Avenida Dr. An­drade e Silva, número 604, poderão se juntar às demais funcionárias da empresa na região e paralisar as atividades caso a reivindicação de melhoria salarial feita pelo sindicato da categoria não seja atendida no prazo de 72 horas.

De acordo com a informação publicada na manhã da quinta-feira desta semana, dia 6, no site Planeta News, a possibilidade da greve foi confirmada pelo diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Refeições Coletivas, Cozinhas Industriais, Restaurantes Industriais, Merenda Escolar Terceirizada, Cestas Básicas e Comissárias da Região Norte/Oeste do Estado de São Paulo, com se­de em Bauru e subsede em São Jo­sé do Rio Preto, Francisco Via­na.

Segundo ele, o Ministério do Trabalho já foi oficiado da possível paralisação. “Se em 72 horas não tivermos um entendimento com a empresa, vamos parar”, enfatizou. A reivindicação é por melhoria salarial. No ano passado as merendeiras receberam salário de R$ 712, mesmo valor pago este ano, apesar da Convenção Coletiva de Trabalho assinada com o Sindicato patronal. “A empresa propôs aumento de 8%, e ainda assim, parcelado. Mas o acordado em Convenção foi de 17.8%”, reclama Viana. 

O Sinterc informa a possibilidade de paralisação devido ao des­cumprimento da convenção coletiva 2013/2014 da categoria profissional por parte das empresas do grupo Starbene/Básica, que estão realizando pagamentos inferiores ao piso da categoria, estabelecido em R$ 839.

MINISTÉRIO DO TRABALHO

Consta que o sindicato pro­to­colou comunicado de greve por prazo indeterminado no Ministério do Trabalho e Emprego (TEM) e convocará todos os trabalhadores das empresas do grupo Starbene/Básica, que prestam serviços de fornecimento de alimentação escolar (merenda escolar) nos municípios de Bady Bassit, Cedral, Jales, Olím­pia, Santa Fé do Sul e Votu­po­ran­ga, “pa­ra que se façam valer os seus direitos” (sic).

O Sinterc fez contato com os re­pre­sentantes das empresas do grupo Starbene/Básica e questionou-os sobre o descumprimento da Con­venção Coletiva, exigindo que os mesmos realizassem os pagamentos devidos até o dia 5 de junho.

O sindicato também informou as autoridades municipais das prefeituras que mantêm contrato com as empresas do grupo, sobre este descumprimento da Convenção Coletiva e sobre a possibilidade de greve.

“Portanto, caberá às autoridades municipais tomarem as devidas providências junto às empresas do grupo Starbene/Básica para que a situação seja resolvida e que não falte alimentação às nossas crianças”, concluiu Viana.

OUTRO LADO 

Por outro lado, a Starbene de Olímpia nega a paralisação. A coordenadora do CD de Olímpia, Letícia Godoy, informa que não foram comunicados sobre nenhuma paralisação das mais de 100 merendeiras que prestam serviço na unidade de Olímpia. “Já conversamos com as nossas merendeiras, pois a política da empresa é de muita transparência, e inclusive receberam seus pagamentos deste mês com os 8% de aumento, como também no mês de maio que é a data base”, afirmou.

Godoy disse ainda que nada tinha a dizer sobre a possível Convenção Coletiva de Trabalho assinada com o Sindicato patronal, pois seguem orientação da central da empresa, que tem sede em São Paulo, “Nada nos foi passado sobre isso, se houve a participação deve ter sido com o pessoal do RH (Recursos Humanos) da empresa, o que nos informaram foi o aumento de 8%”, justificou.

Segundo informou ainda, em Olímpia são servidas sete mil refeições diárias. Para tanto, utilizam o trabalho de 104 merendeiras que trabalham 44 horas semanais. São oito horas diárias e recebem desde maio salários de R$772,52. “Desconhecemos que nossas merendeiras irão paralisar o trabalho”, finalizou.

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