08 de junho | 2015
Faltam copos e até papel higiênico em unidades de saúde de Olímpia
Embora o discurso seja completamente diferente, inclusive colocando as pessoas que necessitam na condição de inventores de reclamações, a situação do sistema de saúde pública de Olímpia está para lá de lamentável. Agora surge a informação de que estão faltando copos descartáveis e até papel higiênico em unidades de saúde da cidade.
Essas informações urgiram na segunda-feira, dia 8, através de reclamações de duas ouvintes que telefonaram a uma emissora de rádio da cidade, falando dos problemas que estão enfrentando quando são obrigadas a irem à procura de um médico em unidades de saúde.
Uma delas, que se identificou com o nome Rose, moradora do Jardim Leonor, passou suas agruras na Unidade Básica de Saúde (UBS), denominada por Dr. Waldomiro Paiva Luz, no Jardim Antônio José Trindade, conhecido popularmente por Cohab I, na zona sudeste da cidade.
A mulher relatou que esteve na unidade para passar por uma consulta na semana passada e deparou com a falta de copos descartáveis para poder beber água. Pior que isso, segundo ela, foi ouvir das funcionárias que às vezes elas fazem vaquinha, ou seja, juntam dinheiro entre elas, para poder adquirir copos para beberem água.
“Eu fui ao médico no postinho da Cohab na semana passada e não tinha um copo descartável para beber água. As moças do postinho estavam falando para a gente que estava esperando a médica que muitas vezes elas fazem uma vaquinha para poder comprar copo para o postinho”. Segundo ela, “a funcionária falou: nós tivemos que fazer uma vaquinha para comprar copo porque a gente não tinha para tomar água”.
O descontentamento é tanto que ela questionou: “agora todas as vezes que a gente vai ao postinho tem que levar um copo dentro da bolsa? Cadê o prefeito? O prefeito não tem dinheiro para comprar um pacote de copo descartável? É demais, né”.
SAÚDE NOJENTA
Outra reclamação foi em relação aos problemas estruturais do Ambulatório de Referências e Especialidades (ARE), conhecido por Postão. Lá, além de banheiro que não funciona, falta papel higiênico. Isso foi o que relatou Eufausima, que é usuária do local, mas que reside no Jardim Cizoto, na zona leste da cidade.
E o problema não é novo: “faz 15 dias que eu fui ao Postão. No banheiro não tem papel. A descarga está quebrada. A torneira do lavatório (também) está quebrada. Não tem quem aguenta entrar no banheiro. Está uma carniça”.
No entanto, além de tudo quebrado e de faltar papel higiênico, ela relatou: “ainda tem um papel (aviso) escrito: por favor, não jogue papel no vaso sanitário. Só se a gente vier em casa e jogar lá. Está uma vergonha”.
Depois de 15 dias ela teve de retornar ao local: “não tem ninguém que olhe aquilo lá não. Hoje eu cheguei cedinho lá e estava do mesmo jeito que eu vi na semana retrasada. Não tem quem manda? Não tem quem olhe? Está tudo jogado para as traças mesmo”.
Outra coisa que notou foi uma senhora que necessitava usar o banheiro e não tinha condições: “hoje cheguei o vaso estava cheio. Será que não está nem podendo comprar papel? Então, coloca um aviso assim: todo mundo que vier traga papel de casa”.
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