26 de outubro | 2014

Falta de vagas deixa as crianças sem período integral nas creches

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Assim como já foi verificado em anos anteriores, mais uma vez a falta de vagas em creches continuará sendo problema para as mães que necessitam deixa suas casas para poderem trabalhar. Isso porque a falta de vagas deixará as crianças que necessitam do sistema mais uma vez sem o chamado período integral.

Pelo menos é isso que se depreende da informação divulgada pela secretária municipal de Educação, E­liana Antônio Duarte Ber­ton­celo Mon­te­iro, ao conceder entrevista à imprensa local.

“Nós vamos fazer isso, por enquanto. É uma medida que devemos tomar enquanto aguardamos a construção de outras creches para então nós colocarmos a demanda de uma forma melhor para a população”, afirmou.

No entanto, reconhece que haverá problemas com as mães que necessitam trabalhar fora de casa: “existe sim. Eu sei e compreendo muito bem, exatamente porque essa preocupação. É que nós estamos colocando isso como uma transição e não como ato que possa ser definitivo”.

Segundo a secretária, na zona leste estão em fase de construção três unidades escolares. No Jardim Morada Verde tem uma creche que deve ficar pronta em aproximadamente 400 dias, portanto não atenderá em 2015, uma escola estadual ainda em fase de licitação, e, uma escola de ensino fundamental de primeira a quinta série, com recursos do governo federal.

A creche atenderá 160 crianças, mas com vagas racionadas e, portanto, em dois turnos. Quer dizer, serão 80 crianças em cada turno, para não faltar vagas, ou seja, não haverá atendimento em tempo integral des­cumprindo promessas que vem sendo feitas ao longo dos anos. “Se nós atendermos em período integral, nós teremos 80 (crianças) bem atendidas e 80 famílias sem atendimento nenhum”, justifica.

Por outro lado, há problemas de regularização de dois terrenos destinados à construção de creches. No terreno do Maranata e no campo do japonês, no Jardim Santa Ifigênia.

Na área do Estádio Alfredo Takahashi, conhecido por Campo do Japonês ou do Olímpia, haveria uma questão jurídica para que a Prefeitura possa registrar a escritura do local.

No terreno do Maranata, segundo ela, o problema seria relativo às questões de licitação. “Nós já fizermos a terra­planagem. Demos o terreno e aconteceu algum problema burocrático de licitação”.

TUDO COMO DANTES

A mesma situação era verificada em outubro do ano passado (2013), quando a secretária não descartava a possibilidade de serem veri­fi­cadas novas filas por vagas em creches do município, durante as madrugadas

De acordo com o que ela comentava na oportunidade, o problema da falta de vagas nas creches continuaria porque seria impossível atender toda a demanda.

“A creche é nossa fragilidade. Não é a resposta que eu gostaria de dar. Não é a resposta que atende aos interesses dos olimpienses”, afirma durante uma entrevista que concedeu na época à imprensa local.

Na oportunidade, embora não tivesse afirmado categoricamente, a impressão que ficava era que a administração do prefeito Eugênio José Zuliani não tinha e, parece que a situação prevalece, encontrado forças para solucionar o problema.

“Embora essa administração tenha cons­tru­ído três escolas e oferecido em torno de 300 vagas nas creches, ainda nós temos fragilidade porque ofereceu esse número, mas temos outro tanto de demanda”, afirmou.

DEFICIT PODE SER MAIOR

No entanto, embora a informação oficial fosse de que em 2013, havia um déficit de 300 vagas, segundo uma informação publicada pela imprensa regional, o município de Olímpia estaria com um déficit de 436 vagas em sua rede de creches e pré-escolas, dado que o colocaria na sexta posição entre os que mais estão necessitando na região noroeste.

Es­sa informação, que foi creditada ao Ministério da Educação, que foi publicada no dia 10 de março de 2013, pelo jornal Bom Dia, de São José do Rio Preto, em sua página 8, seria o total de vagas necessário para zerar o déficit no setor.

Crianças sem vagas em creches acontece desde governo Carneiro

A falta de vagas em creches da cidade é um problema que vem desde a administração do ex-prefeito Luiz Fernando Carneiro e tem se acentuado na gestão do atual do prefeito Eugênio José Zuliani, que já está na metade do seu segundo mandato. No ano passado (2013) a situação acabou ganhando destaque regional por causa de uma confusão que cercou uma fila forma dos pais que pretendiam uma vaga pra o filho.

Todos os anos são apresentados projetos e novas creches como forma de solucionar o problema definitivamente, mas nada acaba sendo confirmado e, assim como neste ano, acaba ficando apenas na forma de uma promessa da administração do município. Em outubro do ano passado, vários pais tiveram que passar a madrugada em uma fila para conseguir garantir uma vaga para filho em uma creche que atende principalmente aos moradores dos jardins, Antônio José Trindade e Luiz Zucca, conhecidos por Cohabs I e II.

Mas o caso foi parar na imprensa regional. De acordo com o programa informativo Tem Notícias, da TV Tem, afiliada da Rede Globo de Televisão, de São José do Rio Preto, moradores reclamavam do atendimento aos pais de crianças para a matrícula de uma creche municipal.

As inscrições foram abertas e uma fila se formou em frente à unidade. Alguns disseram que ficaram no local desde a madrugada e, até o meio-dia, ainda não tinham sido atendidos.

Na oportunidade, segundo a emissora, a Prefeitura Municipal de Olímpia informou, em nota, que a creche tinha 61 vagas e o critério do atendimento foi mesmo a ordem de chegada.

Também segundo nota, os moradores do bairro tinha prioridade nas vagas e haveria a tentativa de relocar quem não conseguir a matrícula para outras creches.

 

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