14 de novembro | 2011
Falta de informações marcou entrega das chaves a mutuários
Pelo menos isso é o que foi visto durante cerca de uma hora, entre 14h30 e 15h30, no dia da inauguração, na entrada em barraca montada em uma das ruas do conjunto, com a finalidade de atender aos mutuários. No local, além das chaves, eles recebiam os acessórios do vaso sanitário do banheiro e um guia de instrução.
O problema da falta de informações ou de estrutura para tanto, ocorreu por volta das 15 horas quando o pai de um mutuário, cujo nome será preservado até a pedido deste, chegou querendo saber a localização da quadra 32, onde está localizada a casa do filho que ele queria conhecer.
Inicialmente foi dito para que aguardasse que alguém atenderia e resolveria a questão. No entanto, depois de passados cerca de 20 minutos, uma das pessoas que estavam atendendo no local retornou informando que não havia um mapa do conjunto para que pudesse saber a localização da quadra perguntada.
Por outro lado, a necessidade que muitas famílias tinha e muitas ainda têm, de possuir uma casa própria, ficou patente também na tarde de sábado. Por volta das 15 horas, chegava um caminhão carregando uma mudança, não de porte grande, mas demonstrando que essa família tinha muita pressa em mudar, independente de ter ou não energia elétrica à disposições no imóvel.
Além desse caso, foi verificado também um outro caminhão que teria carregado a mudança de outra família. E também foi visto que muitas outras famílias já cuidavam de suas casas em busca de deixá-la em condições de mudar rapidamente.
A cerimônia oficial de inauguração, que começou com certo atraso, foi concluída por volta das 12 horas e a entrega das chaves começou cerca de 20 minutos após, através da distribuição de senhas. Por volta das 15 horas, cerca de 300 mutuários já haviam recebido suas chaves.
Na manhã de domingo, por volta de 10 horas, outra constatação. O mau cheiro das lagoas de tratamento de esgoto, poucos metros do local, era intenso, principalmente na região mais próximo do local por onde se diz, passam 30% dos dejetos da população de Olímpia.
A grande dúvida agora é a de quanto tempo as lagoas continuarão funcionando no local até serem desativadas com a entrada em funcionamento da Estação Compacta no Jardim Santa Fé e qual será o prejuízo para a saúde dos desavisados moradores que pra lá estão acorrendo para resolver a sua situação de moradia.
Partindo da premissa de que não pode existir vida animal, nem plantações num raio que varia de 200 a 700 metros das lagoas, pois estas colocariam em risco a saúde pública, a questão que se coloca é como a Cetesb, como garantiu o prefeito, pode ter concedido prazo de 30 dias para a desativação da verdadeira fossa sanitária a céu aberto existente no local.
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