08 de abril | 2015

Falso médico preso em Barretos atendia também em Olímpia

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O português Jorge Manoel de Mattos Loureiro, de 51 anos de idade, morador de Campina Verde, Estado de Minas Gerais, foi preso em flagrante no final da manhã de quinta-feira, dia 2, por volta das 11h10, em Barretos, acusado de atuar como falso médico. No entanto, de acordo com o delegado João Brocanello Neto, ele também teria prestado atendimento em Olímpia.

“Nós apreendemos um controle de consultas e lá nós observamos que ele também atende em Olímpia. Tem registro de atendimento na cidade de Olímpia”, informou o delegado durante entrevista, que concedeu ao repórter Valter Caruce. Entretanto, no controle não consta em qual endereço ele atendia os “clientes”.

Jorge Manoel de Mattos Loureiro foi preso pela DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Barretos acusado de crime de exercício ilegal de medicina e comercialização de medicamentos que, segundo consta, cerca de 80% não são registrados pela ANVISA ( Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

A DIG recebeu uma denúncia no telefone 197 que um falso médico estava clinicando nos fundos de uma residência na avenida 8 de Setembro no bairro Derby Club.

Porém, Jorge Manoel de Mattos Loureiro alega que apenas é um naturalista e não médico. Além disso, afirma que tem profundo conhecimento das ervas naturais e que não cobrava pelas consultas, mas apenas pelos medicamentos.

A PRISÃO EM FLAGRANTE

O delegado João Brocanello Neto  foi com sua  equipe ao local e encontrou  algumas pessoas aguardando atendimento. O suspeito foi abordado e alegou ser naturalista e disse que  vendia remédios industrializados ou apenas “in natura” diante da doença diagnosticada, alegando  que tinha licença para comercializar os produtos.

Os policiais encontraram no imóvel cerca  de 609 medicamentos os quais eram comercializados em diversos valores sendo que o mais caro estaria sendo vendido a R$ 55,00.

O delegado João Brocanello acionou uma representante da Vigilância Sanitária Estadual que constatou que  80% de toda a medicação não poderiam ser comercializadas porque  havia a necessidade do registro da ANVISA.

O material encontrado foi apreendido juntamente com caderno contendo diversas anotações relacionadas a atendimentos, venda dos produtos e panfletagens.

“Nós tipificamos o comportamento dele em duas violações Exercício Ilegal de Medicina e o mais grave Comercialização de Medicamentos sem o Registro do Órgão Responsável, cujo  a pena vai de 10 a 15 anos”, explicou o delegado João Brocanello Neto.

Jorge Manoel de Mattos Loureiro foi encaminhado à DIG onde foi autuado em flagrante e, em seguida foi encarcerado na cadeia pública de Severínia. No entanto, ele foi colocado em liberdade mediante pagamento de fiança arbitrada pela justiça de Barretos e responderá a processo em liberdade.

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