30 de março | 2024

Ex-vereadora cassada registra BO contra os seis que rejeitaram o projeto LGBTQI+

Compartilhe:

 

CONFLITO NA CÂMARA!
Alessandra também usou seu perfil no Facebook para destratar e publicar as fotos dos ex-colegas. Tudo por um conselho que não aconselha nada e, como os outros, na prática, será carimbador dos desejos do prefeito.

Na terça-feira a ex-vereadora cassada de Olímpia, e atual assessora de gabinete do prefeito lotada no gabinete da rodoviária, Alessandra Bueno, formalizou um Boletim de Ocorrência (BO) na Delegacia de Polícia local contra os seis vereadores que rejeitaram um projeto LGBTQI+ cuja aprovação ela queria impor.

A ação veio após a rejeição, por parte desses vereadores, de um projeto de lei que escreveu no BO que foi proposto por ela e que visava a instituição de um Conselho Municipal GLBTQI+.

Segundo a ex-vereadora, a rejeição do projeto e a atitude subsequente dos vereadores, que deixaram a sessão enquanto um representante da classe LGBTQI+ discursava, configuram uma perseguição política e um desrespeito à comunidade.

O incidente, que ocorreu durante a sessão da Câmara Municipal na segunda-feira, ganhou destaque no podcast “Pod Pai e Filha”, com Bruna e Arantes, na quarta-feira, 27.

O episódio trouxe à tona detalhes sobre a votação e as reações que se seguiram, gerando debate público sobre a importância de conselhos municipais e a representatividade política da comunidade LGBTQI+ em Olímpia.

No BO registrado por Alessandra Bueno, ela alega que a rejeição do projeto não foi apenas uma decisão política, mas também uma ação que marginaliza e desrespeita os direitos da comunidade LGBTQI+. Os vereadores citados no BO como tendo votado contra a proposta são Edna Marques, Sargento Tarcísio, Márcio Ikegami, Marcelo da Branca, João Paulo Morete, e José Roberto Pimenta, conhecido como Zé Kokão.

De acordo com o documento, após a votação esses vereadores teriam se retirado do plenário de forma a demonstrar deboche, enquanto Alex, um líder da comunidade LGBTQI+ e declarante no BO junto a Bueno, fazia uso da palavra para discutir a importância do projeto rejeitado. Essa atitude foi interpretada como uma falta de respeito e consideração para com a comunidade representada por Alex e Bueno.

O projeto, segundo Bueno, não buscava apenas a criação de mais um conselho, mas sim a garantia de um espaço de voz ativa e representação para a comunidade LGBTQI+ dentro da esfera municipal.

Ela argumenta que a existência de conselhos diversos na cidade, como os de saneamento entre outros, deveria ser complementada com um conselho que representasse as questões específicas da comunidade LGBTQI+.

Compartilhe:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do iFolha; a responsabilidade é do autor da mensagem.

Você deve se logar no site para enviar um comentário. Clique aqui e faça o login!

Ainda não tem nenhum comentário para esse post. Seja o primeiro a comentar!

Mais lidas