28 de março | 2010
Esgoto é 70% da poluição do Cachoeirinha e do Turvo
A falta de tratamento do esgoto nas cidades de Catanduva e Olímpia é responsável por cerca de70% da poluição que maltrata as águas dos rios Cachoeirinha e Turvo, dois integrantes da bacia do Turvo-Grande. O rio Turvo, por exemplo, segundo a Secretaria de Estado do Meio Ambiente, obteve 45 de índice de Qualidade de Água (IQA), considerada regular.
Um custo muito alto para a sociedade, segundo afirmou à época, Valter José Trindade, superintendente geral do DAEMO (Departamento de Água e Esgoto do Município de Olímpia), mesmo sem haver informação específica sobre o rio Cachoeirinha.
"Nós pagamos caro por isso. O ambiente é que está tratando para nós. Estamos matando o meio ambiente. Isso é um problema muito crítico aqui e na região. Catanduva também tem, Votuporanga e Rio Preto inaugurando agora, mas Catanduva e Olímpia representam 70% da poluição da bacia do Cachoeirinha e Turvo e, felizmente, Olímpia foi contemplada com o programa, o prefeito conseguiu verba a fundo perdido. Já tivemos o projeto, já está em fase de licenciamento e, provavelmente em março, deve estar licitando a obra para começar esse ano ainda e será 100% de tratamento de esgoto", avaliou no dia 2 de fevereiro.
Ainda em relação ao IQA, o melhor índice no Estado de São Paulo se verifica na Bacia Baixo Tiete, extremo da região noroeste, com 73, considerado ótimo. Já o Rio Grande tem índice 64, que é considerado bom.
Outro valor apurado pela Secretaria de Estado é a tratabilidade dos rios. No caso do Turvo, é de 3,7, abaixo do estadual que é 4,5. Nesse caso o melhor valor foi apurado no rio São José do Dourados, com 9,7. A vegetação nativa é outro fator avaliado. O rio Turvo tem apenas 3,91% de sua vegetação nativa enquanto a média estadual é 13,94%.
Entretanto, ele comemora a possibilidade do sistema de tratamento de dejetos ficar pronto para operar a partir do início de 2011. Isso, de acordo com ele, se não ocorrerem atrasos no cronograma da obra, principalmente com recursos das empresas licitantes, a obra começa ainda esse ano.
"Acredito que entramos em 2011 com o esgoto tratado. E estamos nesse projeto também, existe a possibilidade de eliminarmos a lagoa do córrego dos Pretos, porque ela está bem no centro da cidade, numa área bastante considerada e que está abandonada e que poderia ser loteada. Nós vamos canalizar tudo para esse ponto de tratamento. Vai ser um único ponto de tratamento, provavelmente", afirmou.
A lagoa será construída para tratar o esgoto produzido por 80 mil habitantes. "Estamos 48 mil, fora a rural, pela taxa de crescimento de Olímpia, é para 20 anos, mas existe a possibilidade de fazer outra ao lado. Mas o custo é menor porque já tem emissários, já tem recalques e para aumentar isso é mais fácil".
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