Depois de uma “briga” com a Prefeitura Municipal de Olímpia, por conta de um aditamento no valor do contrato, a CA 2 Engenharia e Construtora Ltda., de Fer­nandópolis, acabou abandonando a obra da reforma da Estação Rodoviária Paschoal Lamana, localizada na Avenida Aurora Forti Neves, na região central da cidade.

Com bastante atraso – a pri­me­ira parcela do recurso estadual foi liberada em agosto de 2011 – consta que o serviço está paralisado há aproximadamente um mês e meio, segundo informou nesta semana a uma emissora de rádio da cidade, o secretário municipal de Obras, engenheiro Renê Alexandre Galetti (foto).

De acordo com o secretário, já há alguns meses a Prefeitura vinha cobrando o ritmo dos trabalhos. “Estávamos intimando, mandando ofícios, por meio da Secretaria de Obras e o setor jurídico e um dia vimos que a empresa estava retirando as ferramentas sem aviso. Tomamos providências, fotografamos o pessoal, fizemos boletim, e estamos no processo de rescisão contratual”, contou.

Também de acordo com Galet­ti, o abandono da obra pela em­pre­sa se deu pela falta de um a­cor­do com a Prefeitura porque a empreiteira estava solicitando um aditivo de R$ 297 mil no valor inicial do contrato. “Achamos que não era devido”, enfatizou.

No entanto, o secretário admite que algumas alterações foram feitas no projeto original com a troca do comando da empresa Pro­dem (Progresso e Desenvolvimento Municipal), que administra a rodoviária – o engenheiro Amaury Hernandes assumiu o lugar que era do empresário Vivaldo Mendes.

“Alguns itens tivemos que modificar no projeto. O Vivaldo Mendes tinha um projeto para a recepção. O Amaury mudou, o local terá uma plataforma para deficientes, entre outros detalhes. A Prefeitura até entende que alguns itens devem ser aditados, mas R$ 297 mil não são validos. Talvez uns R$ 100 mil se consegue cobrir e esse valor nós aceitamos”, relatou.

Como se recorda, em agosto de 2011, o então secretário de Obras, engenheiro Gilberto Tonelli Cunha, já admitia a possibilidade de um aditamento no valor do contrato, inclusive em razão do atraso no repasse do Governo do Estado. O contrato inicial com a empresa é no valor de R$ 606.310,12.

A ordem de serviço foi assinada pelo prefeito no dia 21 de dezembro de 2010, com previsão de conclusão das obras em 180 dias. Quer dizer, a reforma da rodoviária era para ter sido concluída até meados de 2011, mas até agora praticamente nada foi realizado e os serviços estão paralisados há quase 50 dias.

MUDANDO A ESTRATÉGIA

Porém, Renê Galetti já trabalha com a certeza que os serviços serão concluídos pela Prodem que, inclusive deverá assumir grande parte das obras que serão tocadas pelo município. “Já tivemos uma reunião com o Amaury e está obra será repassada para a Prodem. Vamos fazer um balanço do que já foi pago, porque não existe nenhum item que foi pago que não esteja executado. Guardamos o material que é de propriedade da Prefeitura e esperamos que a Prodem assuma a obra”, comentou.

Agora, o secretário acredita que os serviços sejam concluídos em no máximo 45 dias. Rene Galetti garante que a Prodem tem capaci­ta­ção técnica necessária e a mão de obra suficiente para realizar o ser­viço.

A Prodem, de acordo com Ga­le­t­ti, agora é “uma empreiteira da Prefeitura” e o que considera melhor é que “o dinheiro (das obras con­tratadas com ela) voltará pa­ra o município”. Mas garante que não haverá privilégio para a empresa. “Se ela não tiver preço mais barato não leva outras obras, porque nós vamos fazer licitações”, avisa.

BANCOS SUMIRAM

Já sobre os bancos que foram retirados dos pontos de acesso a taxi e circulares, que sempre serviram aos usuários, Galettri diz que pode tentar “fazer um trabalho pra colocá-los de volta” (sic), temporariamente, porque o local receberá um piso novo. “Ali vai ser colocado granito, por isso tirou-se os bancos. Mas vamos colocá-los improvisados”, afirmou.

Como se sabe, para o local está prevista a instalação de alguns serviços prestados pelo próprio município e outros realizados por órgãos que mantém convênios com a Prefeitura Municipal. Para tanto, passa por reforma através de um projeto, incluindo procedimentos e layout, elaborado pela Pro­dem.

No local serão instalados o Procon, Banco do Povo, Cartório Eleitoral, PAT (Posto de Atendimento ao Trabalhador) e a Junta Militar. O prédio está sendo totalmente adequado dentro da lei de acessibilidade, ou seja, além das escadas, estão sendo instalados elevadores para facilitar o acesso das pessoas com deficiência e também idosos. O no­vo espa­ço con­tará ainda com banheiros mas­culino e feminino, café, sala de reunião, além de uma espaçosa sala de espera com cadeiras, o que proporcionará maior conforto aos usuários que aguardarão pelos atendimentos.