21 de junho | 2015

Diretor volta atrás e agora reduz o índice de perda de água tratada

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Agora, cerca de oito meses depois de ter anunciado que a Superintendência de Água, Esgoto e Meio Ambiente – Daemo Ambiental perdia em torno de 43% de água tratada que sumia por causa de vazamentos na rede mais antiga, principalmente a que abastece a região central da cidade, o diretor Antônio Jorge Motta voltou atrás e reduziu esse índice de desperdício.

De acordo com o que ele informou recentemente, quando esteve presente na Câmara Municipal para prestar esclarecimentos aos vereadores, o desperdício de água tratada caiu para aproximadamente 25%.

Quer dizer, sem investir na substituição da rede antiga, que segundo informava anteriormente estava muito deteriorada, foi operado um “grande milagre” reduzindo a perda praticamente pela metade. Mas o que é certo é que a água tratada pela Daemo continua se perdendo pelo ralo.

Antes, o diretor Antônio Jorge Motta reclamava que a solução passava por uma grande obra no centro da cidade, o que complicaria bastante o sistema de trânsito local.

De acordo com o que mostrou na Câmara Municipal, a autarquia conseguiu reduzir o desperdício de água a partir de 2011, quando seria de aproximadamente 38,5%; em 2012 reduziu para 30,5%; em 2013 para 29%; e, em 2014 para 25%, contrariando frontalmente as informações anteriores divulgadas por ele mesmo.

Inclusive, Motta mostrou a média de desperdício de água da região sudeste do Brasil, que seria de 31%. “A Daemo tem conseguido baixar paulatinamente a perda, combater a perda, produzir mais água e ainda superar a média da região sudeste. Estamos seis pontos percentuais abaixo, a favor de Olímpia, na perda de água no sistema”, comparou.

OUTUBRO DE 2014

Como se recorda no início de outubro do ano passado, o diretor concedeu entrevista a esta Folha da Região, informando que a autarquia estava perdendo quase a metade da á­gua tratada que está sendo solta nas redes para ser distribuída aos consumidores. Na ocasião, segundo Antônio Jorge Motta, a autar­quia perdia de 42% a 43% de todo o volume distribuído.

Mas Jorge Motta avisava que se tratava de uma situação que já tinha sido bem pior uma vez que tem realizado alguma coisa no sentido de troca da rede antiga da cidade. Segundo ele, há cinco anos essa perda era de aproximadamente 60% a 65%.

Em razão da grande divergência de número, no início de fevereiro de 2015, esta Folha da Região publicou que a Daemo Ambiental, poderia ter informado um volume abaixo da realidade do desperdício de água em Olímpia ao Ministério das Cidades em 2013.

Naquele ano, segundo o Diagnóstico Sobre Serviços de Água e Esgoto a perda foi de aproximadamente 28%, contra a informação oficial da autarquia é que a perde seja de 43%. Porém, nesta semana ele informou que em 2013 o desperdício foi de 29%.

Por isso, ao analisar as informações sobre perdas por conta de vazamentos na rede de distribuição, principalmente, a reportagem concluiu que as perdas de água tratada seriam suficientes para abastecer outra cidade do porte de 30 mil habitantes.

Para se chegar esse número de 30 mil habitantes, basta que seja considerado que o percentual de perda é de aproxi­madamente dois terços. Além disso, também que a cidade recebeu cerca de 30 mil turistas no período do final de ano.

 

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