05 de dezembro | 2013

Diretor da Prodem confirma erro grave dos trevos virtuais na vicinal do Matadouro

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Não se pode afirmar se foi apenas confusão com as palavras ou mesmo se a intenção era a de apenas tergiversar, ou seja, desconversar, e desviar o foco da questão. Mas o fato é que o diretor presidente da Prodem (Progresso e Desenvolvimento Municipal), Amaury Hernandes, negou que a empresa tenha feito o serviço, mas ao mesmo tempo confirmou que as pinturas foram autorizadas pelo órgão, além da existência de erros muito graves nas pinturas das rotatórias virtuais implantadas na estrada vicinal José Custódio Sobrinho.

Também segundo ele, o serviço mal feito foi realizado pelos donos do loteamento e não pela Prodem, mas com autorização expressa da empresa pública, que é a responsável pelo sistema de trânsito do município, inclusive na estrada que também é conhecida por “Saída do Matadouro”, que liga Olímpia a Rodovia Assis Chateaubriand, SP-425, pelo trevo do bairro rural Lambari, na região noroeste do município de Olímpia.
Essas afirmações foram feitas no início da tarde da quinta-feira, dia 5, durante entrevista ao vivo que concedeu a uma emissora de rádio da cidade – inclusive com participação de ouvintes, quando tratou de outra questão, mas também firmou que a notícia publicada pela Folha da Região era “mentirosa” (sic).

Hernandes afirmou que percebeu o erro no projeto e tentou evitar erros: “Eu fiz uma reunião com eles, mostrei o que estava errado e precisava ser corrigido para eles fazerem a sinalização. E a lombada tem que ser feita também. Foram colocadas as placas de lombadas e as lombadas não foram feitas ainda”.

Em seguida, após voltar a tecer críticas à Folha da Região e consequentemente ao site iFolha, Hernandes reforçou a existência de erros graves no trabalho realizado: “Foi feita uma sinalização equivocada, que não estava tal qual eu solicitei que fizesse e a empresa vai corrigir pra que tenhamos o local devidamente sinalizado e da forma correta”.

Mas em meio às suas explicações, Hernandes deixou escapar outro equívoco, na verdade erro da empresa pública que dirige. Reconhecendo que tomou ciência do fato apenas após a publicação da matéria pelo jornal, também na quinta-feira afirmou que naquele dia manteve contato com a empresa para que uma correção fosse feita: “inclusive eu falei hoje para a empresa que pintou para voltar ao local e refazer a pintura porque os “pares” – sinais de parada obrigatória – foram colocados dentro da rotatória. Estão errados”.

ENTENDA O CASO
Como se sabe, o local é de risco e já teve registro de acidentes de trânsito com vítimas. Os desenhos pintados em amarelo, se aparentemente podem ser considerados uma medida de segurança, na realidade os resultados verificados em medidas praticamente idênticas na área urbana, não são tão satisfatórios, como, por exemplo, o caso da chamada Ponte do Clube de Campo, cruzamento da Avenida Aurora Forti Neves com Avenida dos Constitucionalistas de 32, não garantem a segurança necessária ou pelo menos a que está sendo esperada.
Na vicinal foram pintadas três rótulas. Uma delas fica a 50 metros da entrada que dá acesso aos jardins Tropical II e Cote Gil. A segunda fica a 100 metros dessa 1.ª, e a terceira fica a 100 metros da 2.ª. No entanto, todas dão acesso à entrada do Jardim Alto Cote Gil, um novo loteamento do alto da zona oeste.
No local havia sinalização de solo escrito DEVAGAR e um pouco mais a frente LOMBADA, mas que ainda não existia. Há também sinalização vertical da mesma virtual lombada e aviso de limite de velocidade de 40 k/h. Entretanto, não havia, pelo menos ainda, nenhuma sinalização indicando aos usuários da estrada vicinal, de que eles estariam se aproximando de locais de entrada e saída de veículo.
Embora todos saibam que a estrada não é uma rodovia normatizada pelo DER, inclusive a fiscalização é feita pela Polícia Militar da cidade e não por policiais rodoviários, as vicinais são vias nas quais não se pode desenvolver alta velocidade.
Porém, normalmente não é isso que se vê. Pelo contrário, mal cuidadas, muitas vezes os motoristas abusam da velocidade e colocam suas vidas e de outras pessoas em risco.

E, essa sinalização aplicada, na cor amarela, durante a noite e com chuva, para quem não conhecer o trecho, pode ser considerado um dedo no gatilho. Mesmo porque, normalmente as vicinais não têm acostamentos seguros.

RESPOSTA NO SITE IFOLHA
A MANCHETE PUBLICADA PELO JORNAL É TOTALMENTE MENTIROSA, POIS NÃO FOI FEITO A PESQUISA PARA VERIFICAR A VERDADE, QUE É A SEGUINTE:A PRODEM NÃO FEZ NENHUMA PINTURA NO LOTEAMENTO E NA REFERIDA VIA, SENDO QUE A RESPONSABILIDADE PELA MESMA É DA EMPRESA QUE EXECUTOU O LOTEAMENTO, SENDO QUE A PRODEM AUTORIZOU A SINALIZAÇÃO HORIZONTAL E VERTICAL NO LOTEAMENTO E NA VICINAL, SENDO QUE OS PARES DAS MINI ROTATÓRIAS DEVERÃO SER ALTERADOS.

NOTA DA REDAÇÃO – Em que pese o arrufo agressivo autoritário do autor do comentário, a sua manifestação não muda em nada o contexto da matéria. A responsabilidade continua sendo do município que se não fez, autorizou. E se autorizou o "aberratio" verificado no local, responsabilizado está. Seria como se uma empresa terceirizada ou empreiteira o tivesse feito. Ou será que a culpa é do jornal que não entendeu direito a obra de arte que foi realizada no local? Mas, será que estrada virou tela ou mural? Quanto a falta de pesquisa que o autor do comentário afirma taxativamente que não foi feita pelo jornal, ao contrário, foi realizada sim, pois ele foi procurado por telefone na Prodem e não foi encontrado para dar informações.

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