13 de abril | 2009

Diretor afirma que calote no DAEMO soma R$ 6 milhões

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 O diretor-superintendente do Departamento de Água e Esgoto do Município de Olímpia (DAEMO), Valter José Trindade (foto), informou nesta semana, que o calote dos consumidores aos cofres da autarquia, já soma aproximadamente R$ 6 milhões. Por isso, pretende iniciar uma política de negociações visando receber as contas em atraso, a maioria, de imóveis residências de aluguéis.

"O DAEMO não pode abrir mão desse dinheiro, porque dá renuncia de receita e pela LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) os dirigentes são processados criminalmente. Isso não pode ser", afirmou Trindade, durante entrevista que concedeu às emissoras de rádio da cidade.

Trindade explicou que a autarquia tem que negociar o recebimentos dos valores, seja com uma ação jurídica, seja através de parcelamento dos valores em aberto na contabilidade. "Vamos imprimir uma modalidade diferente de recebimento. Vamos trabalhar com a possibilidade de estar em contato com o devedor já com aviso, colocando à disposição para parcelamento e podemos levar até as últimas conseqüências para receber", explicou.

A idéia agora, além de acertar os recebimentos dos atrasados e procurar eliminar a inadimplência, inicialmente, não pretende implantar o corte de fornecimento. Primeiro tentará receber através de parcelamento dos débitos anteriores, como forma de evitar até, as ações judiciais.

"Não podemos deixar de receber. O DAEMO, hoje, tem seis milhões de reais na praça, que poderiam estar investidos e, essas necessidades (algumas obras urgentes) já poderiam ter sido realizadas se tivesse recebido esse dinheiro", acrescentou.

Geralmente, as contas atrasadas são referentes a imóveis alugados, cujos fornecimentos poderiam ser cortados anteriormente, para evitar os acúmulos de valores. "Se ele tivesse cortado logo no primeiro vencimento, não iria acontecer", acrescentou.

 

Sem taxa

Por outro lado, negou a cobrança de uma taxa de R$ 0,90 dos consumidores para que realizem os pagamentos nas agências bancárias e casas lotéricas da cidade, conforme prevêem as alterações previstas para autarquia, deixando de operar o caixa interno a partir do próximo dia 20 de abril.

"Hoje existe uma cobrança de 90 centavos das pessoas que se interessam em pagar no banco e quem vai no DAEMO não tem a cobrança. Nós estamos transferindo toda a arrecadação para os bancos, mas não vai haver (a cobrança) de 90 centavos para ninguém. O DAEMO vai assumir essa despesa. Isso, no nosso ponto de vista, não atende as necessidades do DAEMO e podem incorrer algumas irregularidades. Portanto, nós vamos isentar essa taxa", explicou.

"Nas contas que estão recebendo agora está embutida (taxa), mas nós estamos recebendo no DAEMO até o dia 20. As contas que forem vencidas até o dia 20, que tem a taxa, nós vamos receber lá. As contas seguintes, que serão emitidas a partir do dia 20, serão sem a taxa. Vai prevalecer a política do que estava, até o dia 20, depois não. Agora, quem for ao DAEMO até o dia 20, vai receber na forma que vinha recebendo. Agora as contas emitidas a partir do dia 20 já não terão a taxa", acrescentou.

Mas, mesmo quem não pagar até o dia 20, por alguma problema qualquer que surgir, e tiver que pagar depois, quando o recebimento já tiver passado para ser feito, exclusivamente, em bancos ou lotérica, o consumidor deve passar no Daemo para trocar a conta emitida anteriormente, e pegar uma sem constar a taxa de R$ 0,90.

 

 

 

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