ANALISANDO 2020 NO SETOR POLICIAL!
Ou seja, o cidadão está desguarnecido,
desprotegido pela ausência
do poder público.

Valter Carucce

Analisando os dados estatísticos divulgados pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, constata-se uma diminuição drástica dos números de ocorrências registradas, das mais variadas naturezas. Mas fica a pergunta: a criminalidade diminuiu em Olímpia ou os munícipes estão procurando menos as delegacias para registrar as ocorrências, em razão das dificuldades criadas com o fechamento do plantão da Polícia Civil em Olímpia.

Desde dezembro de 2019 as delegacias de polícia Civil em Olímpia (Delpol Central (foto) e DDM) apenas ficam abertas para atendimento público de segunda a sexta-feira das 8 horas às 18 horas, ficando fechadas no período noturno, sábados, domingos, feriados e pontos facultativos.

Fazendo um comparativo entre os anos de 2020 e 2019, constata-se que, neste ano de janeiro a novembro foram registrados apenas 229 furtos, enquanto que em 2019 o total foi de 485 furtos registrados. Em alguns anos anteriores o número de furtos registrados passa de 1000.

Outro número que chama a atenção é o de registro de lesão corporal dolosa, onde enquadra-se a violência doméstica. Nos onze meses de levantamento (falta dezembro), foram apenas 45 registros, enquanto que em 2019 o total foi de 184.

Neste ano, apenas 22 roubos foram registrados. Já em 2019 o número foi de 48.

Também destaca-se o número de pessoas presas em flagrante este ano, que atingiu, nos onze meses já computados, um total de 144, enquanto no ano passado atingiu 314.

Já o número de casos de estupros, nos dois anos pes­quisados foram equivalentes, sendo 14 (de janeiro a outubro de 2020) contra 15 casos de todo ano de 2019.

É fato que checando os números estatísticos publicados de anos anteriores, percebe-se, que quanto mais tempo as delegacias de Olímpia ficam fechadas, menos boletins são registrados.

O pior é que, tudo indica que são apenas números menores, pois os fatos estriam continuando a acontecer, mas sem visibilidade. Ou seja, o cidadão está desguarnecido, desprotegido pela ausência do poder público.