Em pesquisa de preços realizada nos últimos 15 dias pela reportagem desta Folha em supermercados e casas especializadas da cidade, foi constatada uma diferença de quase 185% entre os preços do bacalhau mais barato e o mais caro. Uma situação conflitante para o bolso do consumidor que às vezes espera por um ano todo para apreciar a iguaria que ninguém tem certeza da origem.

Com a maioria dos produtos sendo anunciados como importados, seja da Noruega ou de Portugal, a verdade é que um quilo do produto mais barato podia ser comprado, pelo menos até a tarde desta quinta-feira (05) por R$ 15,80 o kilo. Já o mais caro e com certeza, pelo menos de melhor qualidade garantida, chegava a custar R$ 44,99.

A grande novidade deste ano para o período da semana santa, é que teve supermercado chamando o consumidor para aproveitar a ocasião e adquirir o bacalhau em 10 prestações.

O dissabor que este bacalhau produziria é que seria consumido em no máximo 15 ou 20 minutos, dependendo da fome de momento e o consumidor ficaria pagando o supermercado durante os próximos 10 meses, claro que pagando um juro total tão salgado quanto o produto, de aproximadamente 30%.