15 de abril | 2016

Desempregado morre após levar 4 tiros de submetralhadora da PM no Santa Ifigênia

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Pelo menos três balas  de uma submetralhadora, marca Taurus, calibre 0.40, atingiram o  tórax do desempregado Mário Cezar da Silva, de 28 anos, morador na rua 5, no jardim Santa Ifigênia, que acabou morrendo.

Os disparos foram feitos pelo tenente Vilela, de 28 anos, que comandava uma operação da Polícia Militar naquele bairro, que visava combater o tráfico de drogas. A versão da polícia afirma que foi um revide.

Com o desempregado foi encontrado um revólver, calibre 38, com  quatro projéteis deflagrados.

A operação da Polícia Militar estava acontecendo na noite de quinta-feira, por volta das 19 horas. Segundo boletim de ocorrência registrado na delegacia de polícia de Olímpia pelo delegado Marcelo Pupo de Paula, quando ele chegou no local do fato, na rua Paulo Roberto Campos Júnior (rua 8), 84, no jardim Santa Ifigênia, deparou com  o tenente Vilela e o cabo Nairton, da Polícia Militar.  

Os militares alegaram que realizavam uma operação saturação pelas ruas do bairro Santa Ifigênia, quando visualizaram alguns rapazes em uma das ruas, entre eles, Mário Cezar da Silva, que, quando percebeu a aproximação da viatura da polícia e que iria ser abordado fugiu se escondendo em uma das casas do bairro.

Com isso, segundo a polícia, foi feito uma “varredura” com a autorização dos moradores naquele quadrilátero.

Foi quando chegaram na casa da rua 8, número 32, da moradora Priscila. Adentram na residência os cabos Ribeiro e Reginaldo, quando notaram que um quarto estava com a porta trancada.

Segundo a polícia, a própria moradora estranhou e, ela mesma, deferiu um  chute abrindo a porta. Foi quando Mário Cezar, que estava escondido, saiu e, utilizando força física, correu para o interior da casa alcançando um corredor lateral.

No entanto, quando Mário Cezar chegou na rua defronte a casa, deparou com o tenente Vilela e o cabo Nairton. De acordo com a versão policial, o desempregado realizou disparos de revólver em direção aos policiais.

Foi quando, segundo o que foi relatado na polícia civil, teria havido o revide, tendo Márcio Cezar sido atingido na altura do tórax. Ele ainda foi socorrido pelo SAMU, mas acabou falecendo ao dar entrada na UPA de Olímpia.

ARMAS APREENDIDAS

Conforme registro na polícia Civil, foi aprendido um  revolver, marca  Taurus, numeração suprimida, calibre 38, que estaria com Mário Cezar.

Na arma, segundo o B.O., tinha cinco cartuchos, sendo dois deflagrados, dois picotados e um intacto, marca CBC. Também  foi apreendida uma espingarda calibre 12, com duas munições deflagrdas “elastomeras” do mesmo calibre e uma deflagrada (não letal), que estava com o cabo Nairton.

Ainda foi apreendia uma submetralhadora marca Taurus, calibre 0.40, carregada com 3 munições intactas e 3 deflagradas, marca CBC. No local onde Mário Cezar estava escondido a polícia apreendeu 45 cápsulas, tipo ependorf, contendo substância aparentando ser cocaína. No local, o perito de Barretos, localizou na caixa de luz da casa um projétil disparado pela arma de Mário Cezar.

POPULARES REVOLTADOS

Ainda de acordo com o registrado pela polícia Civil, durante os trabalhos da policia, vários populares, provavelmente revoltados com a morte de Mário Cezar, atiraram pedras e tijolos nos policiais e viaturas, mas não foram identificados. Foi necessário dispersa-lo, fazendo uso de munições químicas.

Também após a retirada dos policiais civis e Militares, populares incendiaram um ônibus da empresa Prodem, na avenida Constitucionalista. Ainda foi ateado fogo em pneus na avenida, bloqueando o trânsito de veículos.

Por outro lado, na manhã de ontem, na 2ª Cia de Polícia de Olímpia, o boletim de ocorrência do fato não estava à disposição da imprensa.

A informação do policial cabo Barreira, era de que o comandante, capitão Vinícius Zopelari, não  iria se manifestar sobre o caso. Disse que a versão da Polícia Militar poderia ser conseguida no 33º Batalhão de Polícia Militar de Barretos. No entanto, o telefone fornecido para contato não foi atendido.

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