25 de agosto | 2013

Sobre o cruel enigma do tempo

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COMO CONTER …

… estes segundos que teimam em correr de forma acelerada, transformando-se em minutos que, mais depressa ainda se transformam em horas. Quando a gente começa se dar conta foram dias que já se esvaíram como água escorrendo entre os dedos. Aliás, quanto será que durou o tempo da própria água caindo das mãos?

NÃO DÁ NEM MAIS …

… para perceber. Outra semana se foi. O ano já está entrando na sua reta final. Gente, como é triste saber que não tem volta. Tudo vai ficar na memória e com o tempo vai se tornando cada vez mais distante até quase apagar.

PENSE NUM …

… ente querido seu que já se foi, deixou o mundo dos vivos e tente imaginar este fenômeno. É como se a imagem que a gente tem na lembrança fosse ficando des­focada, fosse apagando com o passar dos dias, dos meses e dos anos. Vai sumindo tão depressa que não dá nem para comparar com as fotografias antigas, pois na lembrança não ficam amareladas, vão se apagando, como se fossem ficando encobertas de fumaça.

SE VOCÊ …

… conseguiu enxergar o que acontece com a imagem do seu ente querido, imagina o que irá acontecer com este mesmo momento em que você está tentando pensar junto com este ser de grande proporções que mal consegue encaixar seus largos dedos nestas pequenas teclas para poder se conectar com você.

A IMAGEM …

… deste momento irá se apagar em poucos dias, talvez até em algumas horas. Dependendo do que você tenha entendido e da importância que tenha dado para o que você pensou, talvez nem se torne lembrança, mas apenas pequenos flashes com imagens distantes.

MAS FOI UM …

… tempo seu que se foi e não vai voltar mais. Não tem regresso. E com este ritmo acelerado passam os segundos, que formam minutos, que se transformam em horas e se vão os dias que, juntos, compõem meses, que remontam em anos. Estes viram décadas que decretam o fim de nossas vidas.

VIDA LONGA …

… para todos, mas cheia de vida, com cada segundo aproveitado de maneira plena, pois ele não existe, existirá por apenas um segundo, para depois deixar de existir.

MAS, VAMOS …

… a outros fatos, pois não é fácil entender este cruel enigma do tempo que não perdoa, mata, basta nascer para começar a morrer.

VOCÊ PODE …

… estar pensando que o colunista está fúnebre hoje, mas, ao contrário, na verdade está apenas constando uma realidade que deveria ser entendida desde jovem, para que todo o tempo fosse vivido como se fosse o último suspiro, pois não há como afirmar que não seja. Então … vamos aproveitar cada instante, cada momento como se fosse o último e… fazer o máximo possível do que entendamos que tenha que ser feito.

ESTE COLUISTA …

… depois deste raciocínio lógico mas estarrecedor, não vai nem se estender mais sobre as marchas e contramarchas destes podres poderes. Vai é aproveitar para sentir, experimentar, extravasar e … amar … amar e amar.

José Salamargo … caminhando e cantando e ouvindo as canções …

 

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