O delegado João Brocanello Neto (foto), que responde pela Delegacia de Polícia de Olímpia, afirmou na manhã desta sexta-feira, dia 16, que é contra a concessão de benefícios como a saída temporária, a detentos condenados por estupro e tentativa de homicídio, como aconteceu no caso do acusado de matar um casal na noite da quinta-feira, dia oito, numa propriedade rural do município de Olímpia.

A opinião foi manifestada durante uma entrevista que o delegado concedeu ao repórter policial da Rádio Difusora AM, inclusive para comentar a saída temporária de detentos em datas especiais, como ocorreu com Nielson Rodrigo do Carmo, de 29 anos de idade, que cumpria pena no Instituto Penal Agrícola (IPA), em São José do Rio Preto.

Preso na tarde de sábado, dia 10 de maio, o reeducando é suspeito de matar a marretadas o casal Olício Borges Vilela, de 57 anos e sua esposa Terezinha Vicente Borges Vilela, de 52 anos, na Estância Santa Luzia, zona leste do município de Olímpia.

Cumprindo pena de mais de 15 anos por tentativa de homicídio e estupro, o acusado se encontrava em Olímpia, onde moram seus familiares, devido ao benefício da saída temporária do Dia dos Mães.

"Penso que quem comete como Nielson cometeu há oito ou nove anos atrás, um estupro e depois tentou matar a vítima que só não morreu porque fingiu que estava morta, não deveria ter nenhuma prerrogativa com relação a esse tipo de benefÍcio porque são pessoas desequilibradas e ao meu ver perigosas", avalia o delegado.

Neto justifica que a pessoa que mata sem qualquer preocupação com a vida é desequilibrada e por isso não é merecedora de qualquer benefício. Embora evitando qualquer tipo de apologia a qualquer tipo de crime, como no caso de uma violenta discussão: "ou alguma coisa que possa até, não legitimar a atitude de matar outra pessoa, mas quando está revestida de alguma coisa que até seja justificável, aquela hora o sangue ferve e a pessoa comete essa loucura, é uma coisa".

Continua: "agora a sangue frio cometer o estupro, matar ou mesmo a pessoa do nada matar alguma outra pessoa até para roubar, embora a lei não fale isso, essas pessoas não deveriam ter o benefício, deveriam cumprir rigorosamente fechado".