09 de maio | 2016

Daemo reajusta tarifa da água em quase 10% no Dia do Trabalhador

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Desde o dia 1.º de maio, Dia do Trabalho, a tarifa de água cobrada pela Superintendência de Água, Esgoto e Meio Ambiente – Daemo Ambiental, está 9,9% mais cara, segundo o Decreto 6.337, assinado pelo prefeito Eugênio José Zuliani, que foi publicado no sábado da semana passada, dia 29 de abril de 2016 pela Imprensa Oficial do Município (IOM). Para este aumento, o prefeito considerou o índice de Preços ao Consumidor (IPC).

Portando, desde o dia 1.º de maio o consumo mínimo, de 10 metros cúbicos, custa R$ 15,14 para a classe residencial; R$ 18,40 para a economia mista; R$ 21,64 para a classe comercial; R$ 43,26 para a classe industrial; e R$ 46,70 para a classe pública.

O decreto atual fixa o valor mínimo mensal de consumo de água por unidade em 10 metros cúbicos para todas as classes de consumo e pratica sobre ele um reajuste de 9,9%. O diretor da autarquia alega que “os custos mínimos unitários para os serviços de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto e demais serviços prestados pela Daemo à população necessitam de atualizações”.

O Decreto fixa ainda o valor de R$ 0,11 por metro cúbico de água consumida a ser acrescentado nas faturas mensais, cuja arrecadação será destinada ao Programa Permanente de Manutenção de Hidrômetros (PPMH). Os novos valores estão em vigor desde o domingo passado, dia 1.º de maio.

Depois segue em escalonamento conforme o nível de consumo. De 11 metros cúbicos a 20 metros cúbicos, por exemplo, acrescentando respectivamente ao valor mínimo, R$ 3,04; R$ 3,43; R$ 3,80; R$ 4,42; e R$ 4.56 por metro cúbico.

Mas a escala de consumo vai até acima de 70 metros cúbicos, passando os valores adicionais cobrados entre R$ 5,63 o menor e R$ 7,19 o maior. Sobre o valor consumido em água incide 80% a título de coleta e tratamento de esgoto.

Quer dizer, um gasto hipotético de R$ 15,14 em água, a tarifa de 0 a 10 metros cúbicos para a classe residencial, outros R$ 12,11 serão acrescidos, ficando o total em torno de R$ 27,25 o consumo mínimo para esta classe e, assim sucessivamente.

 

Prefeito autorizou 48%
de reajuste em 12 meses

O prefeito Eugênio José Zuliani já autorizou reajustes no preço mínimo cobrado pelo consumo de água fornecida pela Superintendência de Água, Esgoto e Meio Ambiente – Daemo Ambiental, da ordem de aproximadamente 48%. Embora este seja o primeiro reajuste deste ano, trata-se do terceiro aumento do valor da tarifa aplicado nos últimos 12 meses, gerando um acumulado de 47,9%, já computados o último reajuste de 9,9%.

Este é o terceiro reajuste de tarifa de água aplicado pela autarquia nos últimos 12 meses. Antes, alegando no Decreto número 6.141, de 23 de setembro de 2015, que as razões eram devidas ao aumento em até 43% da energia elétrica praticado pelo Governo Federal, a Daemo Ambiental havia reajustado a tarifa de água servida à população em 20%, a partir de 1.º de outubro de 2015.

Esse era o segundo aumento que a autarquia denominava de realinhamento do ano, passando a cobrar então, para cada 10 metros cúbicos consumidos na residência, R$ 13,78.

O realinhamento anterior havia sido praticado no dia 24 de março também de 2015, por meio do Decreto 5.994, aumentando o valor do consumo mínimo 18%, ou seja, R$ 11,48 por cada 10 metros cúbicos.

Assim, considerando os dois reajustes do ano passado, aumento da tarifa mínima já chega a 47,9% já considerado o aumento de agora. Aumentada a tarifa de água, automaticamente pode se considerar que a tarifa de coleta e tratamento de esgoto também sobe, uma vez que ela é cobrada à base de 80% do valor que o consumidor paga pela água.

Todos os demais serviços prestados pela Daemo Ambiental, além do fornecimento de água e tratamento de esgoto, ficaram também reajustados em mais 9,9% a partir do dia 1.º de maio.

PREÇOS DE SERVIÇOS

Junto com as tarifas de consumo de água sempre sobem, nos mesmos índices, os valores cobrados pela Daemo Ambiental por prestação de serviços, muitos deles antes feitos de graça, ou por conta das tarifas pagas pelos consumidores, como mão-de-obra, emissão de segunda via, envio de aviso de conta vencida, tarifa de visita, etc.

E os preços por estes serviços não são baratos. Para se ter uma ideia os valores que podem ser considerados mais irrisórios dentro de uma tabela altíssima, são aqueles relacionados a aviso de conta vencida (R$ 2,31), aferição de hidrômetro (25,87), emissão de segunda via da conta (R$ 1,74), mão-de-obra por hora (R$ 13,55), outros reparos de vazamento no cavalete (R$ 24,80), religação de água no cavalete (R$ 21,90) e religação de esgoto (R$29,35).

 
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