08 de fevereiro | 2015

Daemo quer criar um gatilho para aumentar preço da água

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Mesmo com a informação de que chega a 43% o desperdício de água em Olímpia, ou seja, um percentual relativo a aquilo que vai para a rede de distribuição e não chega às torneiras, sumindo no subsolo da cidade, agora o diretor da Superintendência de Água, Esgoto e Meio Ambiente – Da­e­mo Ambiental, Antônio Jorge Motta está falando em criar um gatilho nos moldes dos tempos que a inflação aumentava mensalmente para reajustar o preço da água a ser distribuída aos consumido­res.

Pelo menos é isso que se depreende da informação di­vul­gada pela imprensa local dando o nome do diretor co­mo fonte de informação. Cons­­ta que o Daemo está elaborando um projeto para implantar um gatilho para que a tarifa de água suba sempre que subir a tarifa de energia elétrica, um forte componente dos custos da autarquia.

Sobre o aumento do preço já divulgado por esta Folha, além de confirmar a intenção, mesmo sem divulgar um per­centual Antônio Jorge Motta revelou que o impacto deverá ser grande no bolso do consumidor. “A tarifa vai subir e muito. Não sabemos ainda quanto”, afirmou.

Segundo ele, o último aumento foi em 2014 quando a tarifa foi reajustada em 5,­64%. “Nosso financeiro está levantando custos com energia (elétrica) combustível e do quadro de funcionários, para compor o índice de aumento”, informou.

Porém, o certo é que a partir do dia primeiro de maio a po­pulação vai pagar mais pela água que consumir. O decreto do aumento será publicado até o dia 20 de abril para vigorar a partir do dia primeiro de maio. A principal finalidade seria inibir o consumo de água pela população local.

Alias, reduzir o consumo de água é considerado um dos maiores desafios da Daemo Ambiental através da consci­en­tização da população para o uso responsável desse recurso produzido pelo meio ambiente, segundo foi divulgado recentemente pela assessoria de imprensa.

“Para nossa Autarquia será um período de difícil adaptação ao consumo responsável do recurso, onde as políticas de educação ambiental junto à população serão aprofun­da­das”, afirmava.

Além disso, acrescentou: “bem como os realinhamentos tarifários deverão ser revistos de forma a acompanhar os custos financeiros demandados e, também, sendo sugerido ao Executivo e Legislativo um componente desesti­mula­dor do consumo banal e indis­criminado da água, através de penalizações e incentivos, financeiros ou equivalentes, a serem discutidos com o Prefeito Municipal e Câmara de Vereadores”.

No comunicado divulgado ele finalizava dizendo: “A Da­emo Ambiental é uma autar­quia municipal cujo quadro funcional é composto por 97 pessoas, totalmente dedicada ao serviço de captação, tratamento e distribuição de água e respectiva coleta e tratamento de esgotos, voltada ao bem comum e ao provimento da dignidade ao cidadão olim­piense e demais usuários de sua estrutura, que incansavelmente busca a perfeição e a excelência em su­as metas, mas que reconhece suas dificuldades, imperfeições e falhas no decorrer de sua existência, motivo maior de nossa luta”.

Diretor diz que o número divulgado por ministério não partiu do Daemo

O diretor da Superinten­dên­cia de Água, Esgoto e Meio Ambiente – Daemo Am­biental, Antônio Jorge Motta, disse estranhar a informação que partiu do Ministério das Cidades sobre a perda de água potável em 2013, cujo volume aparece bem abaixo da realidade informada recentemente por ele. Além disso, que essa informação não teria partido da autarquia.

A partir da informação de Antônio Jorge Motta e confrontando com o volume informado pelo Ministério das Cidades, chega-se à conclusão de que a autarquia pode ter informado errado o volume de desperdício de água em Olímpia em 2013.

Segundo o Diagnóstico Sobre Serviços de Água e Esgoto divulgado recentemente a perda foi de aproximadamente 28%. No entanto, a informação oficial da autarquia é que se perde cerca de 43% de água que é jogada na rede de distribuição, mas acaba sumindo no subsolo da cidade sem chegar às torneiras do consumidor.

De acordo o que Antônio Jorge Motta declarou à imprensa nesta semana, somente em março será possível conferir qual dos dois números estão corretos. Quer dizer, se o do Ministério das Cidades ou se o que foi informado recentemente por ele.

Há que se destacar também que o próprio diretor do Da­e­mo, Antônio Jorge Motta, informou, também recentemente, que o desperdício de água vem diminuindo porque a autarquia tem trocado parte da rede antiga reduzindo cerca de 10% ao ano. Antes, também segundo ele, essa perda era de 60% a 65%.

Mas provavelmente tenha sido essa questão que tenha sido informado um volume menor. Se considerarmos o ranking de 77 municípios divulgado recentemente pe­lo jornal Diário da Região, de São José do Rio Preto, mesmo que em 2013 a perda já fosse de 43%, Olímpia ficaria em quarto lugar, sendo superado apenas por Santa Adélia (50,99%); Bebedouro (49,92­%); e Pindorama (44,47%). Por outro lado, com um desperdício na casa dos 60% que fosse, conforme divulgado por Motta, Olímpia estaria na liderança do mesmo ranking.

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