01 de fevereiro | 2015

Daemo pode ter informado desperdício de água menor para Ministério das Cidades

Compartilhe:

A Superintendência de Água, Esgoto e Meio Ambiente – Daemo Ambiental, pode ter informado um volume abaixo da realidade do desperdício de água em Olímpia ao Ministério das Cidades em 2013. Pelo menos é essa a conclusão que se pode chegar ao verificar que, segundo o Diagnóstico Sobre Serviços de Água e Esgoto a perda foi de aproximadamente 28%, contra a informação oficial da autarquia é que a perde seja de 43%.

Há que se destacar também que o próprio diretor do Dae­mo, Antônio Jorge Motta, informou, também recentemente, que o desperdício de água vem diminuindo porque a autarquia tem trocado parte da rede antiga reduzindo cerca de 10% ao ano. Antes, também segundo ele, essa perda era de 60% a 65%.

Provavelmente tenha sido essa questão que tenha levado a informar um volume menor. Se considerarmos o ranking de 77 municípios divulgado recentemente pelo jornal Diário da Região, de São José do Rio Preto, mesmo que em 2013 a perda já fosse de 43%, Olímpia ficaria em quarto lugar, sendo superado apenas por Santa Adélia (50,99%); Bebedouro (49,92%); e Pindorama (44,47%). Por outro lado, com um desperdício na casa dos 60% que fosse, conforme divulgado por Motta, Olímpia estaria na liderança do mesmo ranking.

Entretanto, de acordo com Antônio Jorge Motta, o índice de desperdício de Olímpia é de 43%. Este per­cen­tual é referente ao volume tratado e jogado na rede, mas que não chega às torneiras, sumindo no subsolo da cidade.

De acordo com o diretor da Daemo, o sistema de distribuição, seja por meio da rede a partir da Estação de Tratamento de Água, no Jardim Toledo, seja da rede interligada aos poços profundos, desperdiça mensalmente, entre 193,2 mil a 197,8 mil metros cúbicos de água tratada.

No caso de Olímpia, o problema do sumiço de água ocorre mais na rede da ETA que abastece a área central e alguns bairros no entorno.

Segundo o diretor, mensalmente a Daemo produz 460 milhões de litros de água, ou seja, 460 mil metros cúbicos, sendo 330 mil metros cúbicos dos poços e 130 mil metros cúbicos da estação de captação do córrego Olhos D´água, num total de 5.520 mil m3 no ano. O relatório apontou 5.150 mil m3 anuais, com perda de 28,8%.

Porém, segundo Mota, esta situação já foi pior. De acordo com ele, em 2009 a perda na rede era de aproximadamente 60% a 65%. O diretor disse que foi recuperando cerca de 10% a cada ano que se chegou à média de 42% a 43% de perdas.

Ele trabalha com a ideia de que num prazo entre 20 a 15 anos, essa redução das perdas caia para 20%, já que “zerar é impossível”, diz.

 

Compartilhe:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do iFolha; a responsabilidade é do autor da mensagem.

Você deve se logar no site para enviar um comentário. Clique aqui e faça o login!

Ainda não tem nenhum comentário para esse post. Seja o primeiro a comentar!

Mais lidas