09 de outubro | 2011

DAEMO admite que o consumidor paga por roncos de torneiras secas

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A DAEMO Ambiental, por força de lei tornada sucessora do Departamento de Água e Esgoto do Município de Olímpia (DAEMO), admitiu nesta semana que o consumidor olimpiense pode estar pagando até pelos roncos das torneiras, que normalmente ocorrem quando há falta de água na rede de distribuição.

A essa conclusão se chega através das explicações ouvidas na tarde da quinta-feira desta semana, dia 6, do diretor comercial da autarquia, Valdir Peres Santana. Ele foi procurado em razão de várias reclamações que chegaram à redação do jornal, dando conta de que valores das contas de consumo aumentaram, mesmo com a flagrante falta de água, até mesmo em razão do período de seca.


Santana explicou que é possível que o consumidor pague pelos chamados roncos, principalmente no caso daqueles em que a residência está localizada em pontos de rede, até mais distantes da base de distribuição à rede.


De acordo com ele, os roncos em torneiras são até considerados normais, quando há a interrupção do fornecimento, provocados por algum motivo, e na volta existe a incidência da pressão do ar existente na rede vazia.


“Pode acontecer na ponta de rede. A rede trabalha sob pressão e pode acontecer (ronco) quando a água está voltando. A pressão da rede pode rodar (marcador), mas é difícil acontecer isso”, observou.


Porém, embora admitindo que isso faça funcionar o marcador, ou seja, que o consumidor até possa ver o ponteiro do hidrômetro se mexendo como estivesse marcando a passagem da água normalmente, ressalta que a incidência no valor final da conta não é representativa.


Porém, nega que o abastecimento esteja falhando, ou seja, que esteja faltando água na rede prejudicando o consumidor. As interrupções são pequenas, motivadas por algum problema que precise ser sanado urgentemente. Segundo Santana, a única região da cidade que tem faltando água é do Jardim Cizoto, na zona leste, mas a solução, também segundo ele, está sendo providenciada.


Por outro lado, segundo o diretor comercial, é no período de estiagem, normalmente verificada no inverno, quando a intensidade de chuvas é menor, que se verifica um aumento considerável do consumo de água, chegando a aumentar, como no caso deste ano, em 20%. Segundo ele, sempre às sextas-feiras o consumo aumenta e isso prejudica o abastecimento nesse período em que as chuvas são escassas. “Quando é para gastar menos, a pessoa acaba gastando mais”, comentou.


No entanto, o diretor avisa que, mesmo nesses casos, o consumidor deve apresentar o problema na autarquia. “Cada caso é diferente”, diz. “Todos os casos que vem para a DAEMO não saem sem solução. A gente encaminha, o pessoal vai à residência e verifica. Todos os caos a gente resolve”, acrescentou.


Mas também avisa que nem sempre o ronco das torneiras, mesmo quando vazias e o fornecimento está sendo retomado, são casos em que o consumidor teria razão. “Tem caso que não tem jeito. O técnico chega lá e tem um gramado bem verde e a pessoa fala que tem que molhar. Então, nesses casos, tem que pagar o consumo real do que gastou”, finaliza.



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