25 de março | 2018

Cunha não encontra os documentos do loteamento Quinta das Aroeiras

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Onde está? Será que o gato comeu? Essas são as perguntas que devem ser feitas depois que o prefeito Fernando Augusto Cunha procurou e não encontrou a documentação autorizando a implantação do loteamento Quinta das Aroeiras, no interior da Prefeitura Municipal da Estância Turística de Olím­pia. Esse documento deveria prever as obrigações que o loteador deveria cumprir para a legalização completa do empreendimento e poder comer­cia­lizar os terrenos.

A informação foi divul­gada pelo próprio prefeito Fernando Cunha durante entrevista que concedeu ao jornalista José Antônio Arantes, âncora principal do programa Cidade em Destaque, da rádio Cidade FM, na quinta-feira desta semana, dia 22, quando, inclusive apontou ter assumido o município das mãos do ex-prefeito Eugênio José Zuliani, Geninho, totalmente desorganizado, descuidado e amplamente abandonado.

“Por incrível que pareça não conseguimos achar na Prefeitura os documentos de autorização do loteamento do Aroeiras. Eu vou obrigar os ex-funcionários a acharem isso. Está nesse ponto o nível de dificuldades. Até isso. Então, você tem lá o lo­tea­mento do Aroeiras, antigo já, que não tem a documentação das obrigações do loteador. Eu vou judi­cializar. Vou à justiça exigir que os ex-funcionários que fizeram apresentem onde foi parar esses documentos. Parece a casa da mãe Joana”, disse.

A documentação é necessária para cobrar do loteador, as necessidades que deveriam ser cumpridas com qualidade quando foi iniciado o empreendimento pouco antes de 2013, ano em que Geni­nho, inclusive, teria co­mercializado pelo menos 13 terrenos de 30 que estariam em nome da Prefeitura local.

“Um bairro como o Aroeira nós temos que ir atrás do loteador porque tem problemas de água pluvial (galeria), que não foram feitas adequadamente. Então, vou ver se o cara paga essa conta. Vou entrar na justiça, eu não tenho rabo preso, não participei de nada disso. Posso até não conseguir, mas eu vou cobrar. Gastamos R$ 200 mil naquela travessia. Aquilo é obrigação do loteador”, avisou.

Quando vendeu esses 13 terrenos teriam sido arrecadados quase R$ 352 mil, sendo que apenas dois compradores compraram sete lotes, separadamente. Cada lote foi comercializado, segundo consta após licitação pública, pelo valor de R$ 26.050, segundo foi divulgado à época, pela imprensa local.

Aliás, a desorganização da Prefeitura parece estar sendo o maior “calo” da administração de Fernando Cunha. Em todas as entrevistas que concede ele aponta um ou outro problema que tem atrapalhado o seu trabalho, como, por exemplo, parte do quadro de funcionários que vem de algumas administrações anteriores e ele tem encontrado dificuldade para conseguir implantar a sua filosofia.

“Primeiro eu tive que pegar a Prefeitura Municipal e arrumar a casa e terminar as obras que estavam paradas, embora encaminhadas, porque a gente não pode desperdiçar recursos públicos e se é importante para a cidade nós temos que fazer”, comentou Cunha, depois de lamentar ainda não ter conseguido implantar coisas que projetou para a sua administração

 

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