16 de março | 2024

Conversa mostra suspeitos de matar a família de Olímpia planejando a fuga no dia do crime

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TRIPLO HOMÍCIDIO!
Polícia de Votuporanga conclui inquérito sobre família executada em canavial e indicia acusados. Investigação revela premeditação e fuga dos suspeitos após o crime em Votuporanga. Finalização da investigação abre caminho para acusação formal dos suspeitos.

 

A conclusão do inquérito pela Polícia Civil sobre o assassinato de uma família em um canavial próximo a Votuporanga traz à luz detalhes sobre a preparação, a execução e a fuga dos meliantes da cena do crime, além de indicar os próximos passos judiciais contra os suspeitos.

Anderson Marinho, de 35 anos, Mirele Tofalete, de 32, e a filha Isabelly, de 15, foram brutalmente assassinados, com o caso ganhando notoriedade pela crueldade empregada pelos criminosos.

O delegado Tiago Madlum Araújo, à frente das investigações pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG), de Votuporanga, detalhou que o crime foi fruto de uma meticulosa premeditação, vinculada a uma dívida de drogas envolvendo Anderson Marinho.

HOMICÍDIO QUALIFICADO

João Pedro Teruel, Rogério Schiavo e Danilo Roberto Barboza da Silva foram identificados como os autores do crime, indiciados por homicídio qualificado, sob a acusação de terem planejado uma emboscada para a família.

A análise dos celulares dos suspeitos, autorizada pela Justiça, foi crucial para o avanço das investigações. Mensagens trocadas entre os criminosos no dia do crime mostraram não apenas o planejamento do assassinato mas também a organização de uma fuga subsequente.

AS MENSAGENS DO PRINT

Em uma dessas mensagens, Danilo expressa urgência em deixar o local para evitar a captura pela polícia, destacando a consciência do grupo sobre a gravidade de seus atos:

– “não adianta, nós vamos ter que ir, vamos ficar aqui não, mano. Não sabemos o que vai acontecer… Vamos embora. Só que é o seguinte: nós têm que ver com o [nome] se tem algum lugar para nós lá, mano, um lugarzinho para nós ficarmos lá, porque nós fica jogado, que nem nós ficamos lá na casa daquele povo. É foda, mano.”

– “depois também nós aluga uma casa lá na cidade, nós aluga uma casa lá em um lugar meio de quebrada e nós fica lá.”

– “nós temos chance. Se a bomba explodir, nós não pode tá aqui não, se não os polícia vai virar um cão em cima de nós.”

MENSAGENS PROVAM QUE ESTAVAM NO LOCAL DO CRIME

Estas mensagens contradizem diretamente a declaração inicial de Rogério, que alegou à polícia não estar em Votuporanga no dia dos assassinatos e que não mantinha contato com João Pedro há mais de um mês.

Com o inquérito concluído, a responsabilidade agora recai sobre o Ministério Público, que deve analisar as evidências e declarações para formalizar a acusação contra os três suspeitos.

O promotor encarregado do caso tem a tarefa de apresentar a denúncia perante o tribunal, especificando os tipos de homicídio pelos quais os indiciados serão julgados, abrindo caminho para que sejam responsabilizados pelas graves consequências de suas ações.

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