09 de março | 2024

Comerciante sugere reunião para fazer ajustes no sistema da Zona Azul

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REPERCUSSÕES DA ZONA AZUL!
Comerciantes enfrentam quedas nas vendas após implementação da Zona Azul. Priscila Resende da Costa detalha as consequências da Zona Azul para o comércio e sugere mudanças para regulação de estacionamento e saúde comercial.

Priscila Resende da Costa, proprietária de um estabelecimento na área central, foi entrevistada esta semana a respeito da reimplantação da Zona Azul em Olímpia que agora é gerida por uma empresa particular que recebeu concessão por 10 anos. “Sim, afetou bastante”, desabafa Priscila, apontando uma redução estimada de “10 a 15%” nas vendas desde a reimplantação da Zona Azul.

A comerciante ressalta que, embora o objetivo do sistema seja regular o estacionamento e melhorar o fluxo de clientes, a realidade enfrentada é diferente. “O pessoal estava acostumado a não ter a Zona Azul, de repente veio a Zona Azul de uma vez. E o que mais impactou é assim, a parada dos nossos clientes é rápida, não é uma parada demorada. Então, antes, eu acredito que eles vinham com maior frequência e ficavam o tempo. Embora não eram eles que estavam impactando”, relata Priscila sobre as alterações nos hábitos dos clientes.

FALTA FLEXIBILIDADE AO SISTEMA

A duração de dez anos do contrato com a Olipark é motivo de preocupação para Priscila, que considera o período “fora da casinha”. Ela sugere que a adoção de um sistema tão rígido sem um período de adaptação ou revisão é prejudicial, especialmente quando os comerciantes já enfrentam desafios significativos devido a fatores econômicos. “A gente tem que ter testes. Eu acredito que melhoraria muito se eles pensassem mais pro nosso lado de comerciante”, argumenta.

Os relatos de clientes que enfrentaram multas por estacionamento de curta duração destacam a falta de flexibilidade do sistema. “Sim, porque às vezes a pessoa, aquela parada rápida que eu tô te falando, o pessoal não tem nem tanto tempo mais para vir no comércio”, lamenta Priscila, evidenciando a necessidade de uma tolerância mínima que não penalize indevidamente os consumidores.

UM MODELO QUE SEJA BOM PARA TODOS

Além disso, Priscila critica a comunicação da empresa responsável pela Zona Azul, especialmente no que diz respeito ao suporte a usuários com dificuldades em utilizar métodos digitais de pagamento. “Foi muito ruim, porque a maioria não tem acesso. Os meus clientes são de uma faixa etária ali de 40, muita gente não tem acesso à internet, aplicativo. Então, eles não vão saber entrar, fazer um cadastro, fazer um login”, aponta a comerciante, sugerindo que alternativas mais acessíveis poderiam ser implementadas.

Em busca de soluções, Priscila propõe um diálogo entre comerciantes e a gestão da Zona Azul para desenvolver um modelo que contemple períodos de tolerância e notificação prévia antes da aplicação de multas. “Eu acho que deveriam sentar, tanto comerciantes quanto o pessoal da área azul, e conversar a respeito dessa possibilidade do período curto de duração”, propõe, destacando a importância de um sistema que beneficie ambas as partes.

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