09 de março | 2024

Comerciante destaca falta de tolerância como principal problema da Zona Azul na área central

Compartilhe:

TOLERÂNCIA ZERO!
Comerciantes e motoristas de aplicativo enfrentam desafios com a nova Zona Azul em Olímpia. A rigidez da Zona Azul impacta negativamente o comércio e o transporte por aplicativo em Olímpia

Desde a implementação da Zona Azul em Olímpia, no dia 15 de fevereiro, comerciantes e motoristas de aplicativos vêm enfrentando desafios significativos. A concessão do serviço de estacionamento rotativo à empresa Olipark por uma década gerou controvérsia, especialmente devido à rigidez nas regras de estacionamento, que não permitem nenhum período de tolerância. Esta abordagem tem afetado diretamente o fluxo de clientes no centro da cidade e complicado a operação de serviços de transporte por aplicativo.

Gesiel Ferreira, comerciante local, expressa sua preocupação com o impacto da Zona Azul no comércio de Olímpia. “O pessoal não tem tolerância. Você não pode parar para retirar uma mercadoria que é coisa de 1, 2 minutos. Já está a cobrança efetiva, e com isso, tem diminuído o fluxo de pessoas no centro”, relata Ferreira. A falta de um intervalo para que motoristas possam realizar entregas rápidas ou desembarcar passageiros sem o risco de serem multados tem sido um ponto crítico de insatisfação.

CLIENTES ESTÃO EVITANDO O CENTRO

Além disso, Ferreira observa uma mudança no comportamento dos clientes, que agora evitam descer ao centro, impactando negativamente o comércio local. “O pessoal não tem descido pro centro; muito pouco. Isso está afetando o comércio do centro. Muita gente…”, lamenta o comerciante.

A duração da concessão, estendida por 10 anos, também é motivo de debate, embora Ferreira reconheça a importância da rotatividade de estacionamento para a cidade. No entanto, enfatiza a necessidade de “o mínimo de tolerância”, pois muitas pessoas visitam estabelecimentos por períodos curtos.

MOTORISTAS DE APLICATIVOS
ESTÃO COMPLICADOS

Motoristas de aplicativos, segundo Ferreira, têm enfrentado desafios semelhantes, sendo abordados imediatamente após estacionar para desembarcar passageiros. Apesar de ainda não terem sido multados, a constante pressão para movimentar os veículos rapidamente é uma fonte de tensão.

Ferreira destaca a qualidade da estrutura de orientação fornecida pela empresa responsável pela Zona Azul, mas reitera que a questão da tolerância precisa ser revista.

Como alternativa, Ferreira sugere a adoção de um sistema semelhante ao utilizado em São José do Rio Preto, onde os motoristas recebem notificações por e-mail caso estejam sem crédito de estacionamento, em vez de serem imediatamente multados.

GESIEL NÃO É CONTRA A ZONA AZUL

Essa abordagem, que oferece um período de tolerância para regularização, poderia servir como modelo para melhorar a gestão do estacionamento em Olímpia.

Apesar das críticas, Ferreira não é contra a existência da Zona Azul, reconhecendo a necessidade de rotatividade no estacionamento. “Não sou contra a Zona Azul. Tem que ter rotatividade sim”, afirma.

No entanto, o apelo por “bom senso” na aplicação das regras reflete o desejo de um equilíbrio que atenda às necessidades tanto dos comerciantes quanto dos usuários da área central, garantindo a fluidez do comércio e a conveniência para motoristas e passageiros.

Compartilhe:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do iFolha; a responsabilidade é do autor da mensagem.

Você deve se logar no site para enviar um comentário. Clique aqui e faça o login!

Ainda não tem nenhum comentário para esse post. Seja o primeiro a comentar!

Mais lidas