24 de agosto | 2020

Com mais duas na 2.ª, Olímpia chega ao recorde mortal de oito mortes em 4 dias

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QUANTOS SERÃO AS VÍTIMAS?       
O âncora do programa cidade em destaque
calculou meses atrás que sem as medidas
de contenção poderão morrer
entre 100 e 200 pessoas na cidade.
Uma
mulher de 82 anos que residia na sede
do município e um homem de 53 anos
que residia no distrito de Baguaçu foram
as duas vítimas recentes do
novo coronavírus em Olímpia.

 

Com mais duas mortes registradas nesta segunda-feira, 24, soma-se 35 desde o início da pandemia. No mês já são 25 em 24 dias, ou mais de uma por dia. Mas nos últimos quatro dias foram oito mortes, o que eleva a média diária de um para dois óbitos por dia.

A grande pergunta que surge é quantos mais irão morrer, principalmente em razão da imbecilidade de centenas de pessoas que continuam fazendo festas, se aglomerando em filas, em cultos religiosos, em supermercados e mesmo pelas ruas da cidade sem usar ou usando máscaras de proteção de maneira irregular, sem higienizar as mãos e não mantendo o distanciamento?

Segundo cálculos feitos pelo âncora do programa Cidade em Destaque há pouco mais de três meses, baseado em estudo de uma universidade inglesa, Olímpia, dependendo justamente das medidas de contenção, se chegasse na situação em que está e nada fosse feito, ao final da pandemia, poderia contar entre 100 e 200 vítimas fatais do novo coronavírus, sem contar milhares de outros que além de sofrerem poderão ficar com sequelas para o resto da vida.

Os dois óbitos ocorridos nesta segunda-feira, 24, foram de uma senhora de 82 anos, Josefina Jacomina Quiarato Reis, (35.ª vítima) que estava internada na UTI de Barretos e de um homem de 53, José Antônio Barbosa (34.ª), que residia no distrito de Baguaçu e faleceu no pronto-atendimento do HB Saúde. Ambos possuíam comorbidades.

Barbosa, segundo informações de pessoas ligadas à sua família, já estava há oito dias convalescendo em casa da Covid-19, mas sentiu-se mal é foi para o HB. Chegando lá teria sofrido parada cardíaca por duas vezes e ai complicou tudo, vindo a falecer.

O QUE DIZEM OS NÚMEROS

Em apenas 24 dias do mês de agosto Olímpia já registrou mais que o dobro de todos os casos de óbito registrados por Covid-19 desde o início da pandemia. Com as últimas mortes da segunda-feira, 24 e as outras de dias anteriores, o município foi para 35 mortes até agora e 25 (250%) nestes 24 dias transcorridos do mês de agosto em relação a todos os outros meses quando totalizou 10 mortes.

Nesta média, desde o início do mês já são 25 óbitos, o que dá um falecimento por Covid-19 a cada 23 horas, tudo levando a crer que o município está praticamente no pico na pandemia.

Dos 35 óbitos registrados até agora, oito são mulheres (22,85%) e 27 homens (77,14%). Em termos de idade a mais jovem vítima do novo coronavírus foi um homem de 35 anos e a mais velha uma mulher de 92 anos.

A maioria absoluta se situa na faixa de mais de 60 anos: 26 (74,28%). Dois abaixo de 40 anos (5,71%) e outros 07 de 41 até 60 anos (20%).

AS TRÊS MORTES DE UM SÁBADO MORTAL

Já a 33.ª vítima foi Santiago Reste, de 63 anos que estava na UTI do hospital Nossa Senhora, em Barretos.

O 32º a morrer foi João Manoel da Costa, de 80 anos, também no sábado, 22, que estava no Suporte Ventilatório da Santa Casa.

A 31.ª vítima do novo coronavírus em Olímpia foi uma mulher de 45 anos, Maria de Fátima Araújo, que veio a óbito na manhã de sábado, 22, também sem ser internada em hospital, vindo a óbito na própria UPA local.

TRÊS MORTES NO DIA 21/08

No 30.º óbito o paciente nem chegou a ser internado em hospital, faleceu na UPA. Carlos Vitório Charaba de 71 anos, que faleceu no fim da noite dessa sexta, dia 21.

A 29.ª morte foi a de José Loureval, de 73 anos ocorrida na sexta-feira, 21. Ele estava internado na UTI do Hospital Nossa Senhora em Barretos.

O 28.º óbito foi o de Antônio Pradal, 89 anos, ainda na sexta-feira, 21, também conhecido como Antônio Carpinteiro. Deixou esposa, Aparecida Pradal; os filhos: José Donizetti (Zeca), Claudinei, Roberto Pradal, genros e netos. Ele também estava internado na UTI do Hospital Nossa Senhora em Barretos.

AS TRÊS MORTES DO DIA 19

A 27.ª morte foi de Onivaldo Fonseca, de 68 anos, também no dia 19. Ele ficou internado na Santa Casa de Olímpia desde o dia 11 de agosto.

O 26.º óbito se deu no dia 19, de um rapaz de 35 anos, que estava internado desde o dia 09/08 na Santa Casa: Elói Leandro Tolfo Lourenço, conhecido como Lê.

A 25.ª morte foi de um homem de 50 anos que faleceu às duas horas da madrugada do dia 19, no hospital Nossa Senhora em Barretos, após ficar 20 dias internado: Paulo Sérgio de Morais que possuía comorbidades e era filho do irmão mais velho do vereador José Elias de Morais. Deixou mulher, filhos e netos.

AS OUTRAS 24 MORTES POR COVID OCORRIDAS EM OLÍMPIA

O 24.º óbito ocorrido no município foi também de um homem de 79 anos, no dia 18, socorrido na UPA e vítima de uma parada cardiorrespiratória. Ele não chegou nem a ser encaminhado para nenhum hospital, faleceu na Unidade de Pronto Atendimento que já registrou outras duas mortes em condições semelhantes.

A 23.ª morte por covid-19 em Olímpia foi de um homem de 75 que estava internado na UTI do hospital Nossa Senhora em Barretos e acabou falecendo na manhã da terça-feira, dia 18.

A 22.ª vítima desta doença mortal foi José Roberto Miranda, de 54 anos, conhecido como “Gancho”, que faleceu no domingo, 16, morador do distrito de Ribeiro dos Santos, que estava internado desde o dia 25 de julho na UTI da Santa Casa e possuía comorbidades.”.

A 21.ª morte aconteceu na sexta-feira, 14, de uma mulher de 73 anos que estava interna na UTI da Santa Casa.

A 20.ª aconteceu no início da manhã do dia 14 de agosto, na UTI do hospital Beneficência Portuguesa em Rio Preto e vitimou o técnico em refrigeração também bastante conhecido em Olímpia, Ielson Rangel Garcia, de 72 anos.

A 19.ª morte por Covid-19 em Olímpia foi a do empresário do ramo da panificação, Rivaldo Mussolin, 76, que ficou por vários dias internado na UTI do Hospital Beneficência Portuguesa, em São José do Rio Preto e faleceu por volta das 03 horas da sexta-feira, 14.

A 18.ª foi na quarta-feira, 12, de uma senhora de 88 anos (18.º), internada na UTI da Santa Casa desde 03 de agosto.

O 17.º óbito também ocorreu no dia 12, na UTI da Santa Casa, de um homem de 62 anos que estava internado desde o dia 27 de julho.

O 16.º ocorreu também na quarta-feira, 12, quando após uma parada cardiorrespiratória na UPA, um senhor de 78 anos veio a falecer na UPA, sendo a segunda morte por covid na Unidade de Pronto Atendimento, sem chegar a ser internado na Santa Casa. Enquanto passava por atendimento, foi realizado teste rápido que confirmou a contaminação pelo coronavírus.

 AS OUTRAS MORTES DO MÊS DE AGOSTO

A 15.º morte por contaminação do novo coronavírus ocorreu no final da tarde de domingo, 09, às 17h28, de um policial militar que é bastante conhecido na cidade: o Cabo PM Reginaldo Pereira, de 49 anos, que perdeu a vida após ficar desde o dia 27 de julho tentando se recuperar do Covid-19 na Santa Casa local. Ele foi enterrado em Barretos, cidade natal, com cortejo da PM seguindo de Olímpia até aquela cidade com cerimônia realizada pelo 33.º BPMI.

O 14.º óbito por covid-19 em Olímpia aconteceu logo na manhã de domingo, 09, e vitimou o olimpiense Valdecir Picolotto, de 66 anos que estava internado no único hospital local desde o dia 28 de julho. Trabalhou na Baculerê e na Usina Guarani”.

A 13.º morte foi no sábado, 08, de um senhor de 80 anos, que estava internado há mais de uma semana na UTI da Santa Casa e possuía comorbidades.

O 12.º falecimento foi no mesmo dia, 08, de uma senhora de 92 anos, que estava internada na Santa Casa há mais de dez dias e não resistiu, falecendo na manhã daquele sábado (08). Ela tinha comorbidades preexistentes.

O 11.º foi na manhã de terça-feira, dia 04 de agosto, de um senhor de 86 anos, que estava hospitalizado na Santa Casa, apresentou agravamento do quadro e não resistiu.

10 MORTES DE 14 DE MAIO A 29 DE JULHO.

O 10.º óbito foi de uma mulher de 73 anos (terceira a morrer em Olímpia), no dia 29 de julho.

O 09.º foi num domingo, 27 do mesmo mês, outra mulher (70 anos) no período da manhã.

O 08.º, neste mesmo dia, 27, foi do pastor Rogério Marcelino, de 52 anos que morreu por volta das 21 horas.

Duas pessoas faleceram no dia 24 de julho: um rapaz de 36 anos (Ricardo Rodrigo Pereira – 07.º) e uma mulher de 78, a primeira mulher a morrer por covid-19 em Olímpia (6.º óbito).

A 1.ª morte de Olímpia foi de um paciente de 70 anos que faleceu no dia 14 de maio; a 2.ª foi de outro homem, de 68 anos, que veio a óbito no dia 20 do mesmo mês; o 3.º foi o empresário Joseph Humberto Catelani Rossi, 61 anos, que morreu no dia 01 de junho após ficar internado por mais de 20 dias no HB em Rio Preto; o 4.º, de 60 anos, veio a óbito no dia 08 de julho, após ficar mais de uma semana internado na UTI da Santa Casa; e o 5.º, de 72 anos, faleceu na noite do dia 14 do mesmo mês, na UPA – Unidade de Pronto Atendimento de Olímpia.

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