13 de setembro | 2015

CNT afirma que condições da Assis Chateaubriand são boas

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Embora ainda em obras no período da realização da pesquisa, tanto no trecho que segue em direção a São José do Rio Preto, quanto no sentido de Barretos, o tra­balho realizado pela CNT (Confederação Nacional do Transporte) e pelo Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Sest Senat), aponta que as condições da rodovia Assis Chateaubriand, SP-425, são consideradas boas.

Entretanto, devido ao grande número de vítimas fa­tais que tem registrado a es­­trada já é denominada por Nova Rodovia da Morte.

Na avaliação de 302 quilômetros da rodovia, o conceito Bom foi aplicado tanto para o quesito geral, quanto para pavimento, sinalização e geometria. Entretanto, o estudo não faz citação às condições dos trevos de acesso às cidades.

No trecho que liga Olímpia a Rio Preto, que está em obras desde meados de 2013, apenas o acesso à Usina Cruz Alta, empresa que pertence a Açúcar Guarani, está sendo construído o trevo com viaduto, o que gerará mais segurança aos usuários.

Por outro lado, a falta de segurança ainda pode ser notada no trecho entre Olímpia e Barretos onde, desde meados de 2014, o DER (Departamento de Estradas e Rodagens) iniciou a construção de terceiras faixas, cujo prazo de encerramento estava previsto para 18 meses nos 115 quilômetros entre Olímpia e Miguelópolis.
As obras compreendem o recapeamento da pista, pavimentação de acostamentos, implantação de alguns trechos de faixas adicionais, além de melhorias nos dispositivos de entroncamentos e acessos a cidades.

No entanto, principalmente durante a fase inicial das obras, o número de acidentes com vítimas fatais aumento consideravelmente. O principal ponto de insegurança estava, pelo menos, na região do trevo de acesso ao Distrito de Ibitú, no município de Barretos.

Pesquisa não avalia falta se segurança em trevos das SP-322

Uma pesquisa da Confederação Nacional de Transportes (CNT), que foi divul­gada recentemente, aponta que tanto a rodovia Armando de Salles Oliveira, SP-322, que corta o município de Olímpia, está avaliada como regular no quesito pavimento por apresentar buracos, trincas, afundamentos, ondulações, entre outros problemas.

No entanto, não avalia as condições dos trevos que têm recebido nova forma­ta­ção, os chamados salsi­chõ­es, que apresentam muitos riscos aos usuários. A malha é considerada regular nos quesitos geral e geométricos, mas boa para a sinalização.

A Pesquisa CNT 2014 avaliou 106 quilômetros de extensão da SP-322 e está disponível no site pesquisa­rodovias.cnt.org.br. Foram 30 dias de coleta, entre 19 de maio e 17 de junho, período em que a rodovia já estava em obras de implantação de terceira faixa e acostamento.

Realizada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) e pelo Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Sest Senat), a Pesquisa compreende o levantamento das condições de toda a malha federal pavimentada e, nas malhas estaduais, dos trechos mais relevantes para o trans­porte de cargas e de passageiros.

Desde sua primeira versão, em 1995, o levantamento vem evoluindo por meio do aperfeiçoamento da metodologia, da adoção de novos recursos técnicos e tecnológicos e da ampliação da malha rodoviária avaliada.

Atualmente, a Pesquisa abrange toda a extensão pavimentada das rodovias federais e das principais rodovias estaduais do país, alcançando, em 2014, 98.475 km Pesquisados.

Nos últimos dez anos, a extensão avaliada cresceu 20,1%. Somente em 2014, foram analisados 1.761 quilômetros a mais que em 2013, o que representa uma elevação de 1,8%).

Relatório – Foram avaliados aspectos do pavimento, da sinalização e da geometria da via, o que permite a classificação dos trechos como ótimo, bom, regular, ruim e péssimo.

Os resultados são apresentados por tipo de gestão (pública ou concedida), de rodovia (federais ou estaduais), por região e por unidade da Federação.

Para a CNT, conhecer a atual situação da infraes­tru­tura rodoviária brasileira é importante para se propor soluções adequadas aos problemas.

A entidade se diz ciente do seu papel de contribuir para a melhoria das condi­çõ­es oferecidas tanto para o transporte de cargas como para o de passageiros.

Há promessas, mas trevos continuarão com riscos de morte

Embora com a promessa de medidas que deem mais segurança, pelo menos por um tempo indeterminado, os trevos de acesso a Olímpia pelas rodovias Armando de Salles Oliveira, SP-322, e Assis Chateaubriand, SP-425, conhecidas por ‘Rodovia da Morte’ e ‘Nova Rodovia da Morte’, respectivamente, vão continuar com riscos de morte aos seus usuários.

Pelo menos é essa a conclusão que se pode chegar a partir de informações divulgadas recentemente pelo secretário de Governo e diretor do Escritório de Captação de Recursos (ECR), João Paulo Polisello, a respeito das obras que estão sendo realizadas e do volume de acidentes já registrado nos dois locais, inclusive com caso de vítima fatal.

De acordo com ele, o prefeito Eugênio José Zuliani encaminhou requerimentos ao diretor regional do DER (Departamento de Estradas e Rodagem), em Barretos, solicitando me­lhorias para os dois trevos, inclusive para a construção de viaduto principalmente no caso da SP-425.

Entretanto, pelo menos aparentemente a solução permanecerá apenas em nova promessa. Uma das solicitações é que o órgão faça uma revisão do fluxo de veículos.

No caso do trevo da SP-425, entre as sugestões está a ampliação do espaço de segurança da via de acesso Dr. Wilquem Manoel Neves e também da rodovia, considerando-se o aumento de entrada e saída para Olímpia para evitar mais acidentes no local.

“No dispositivo da Friovale é um local onde enfrentamos problemas graves. Em conversa com o diretor regional do DER entendemos que este trevo foi feito de forma compacta. Primeiro não temos uma área de segurança para quem sai de Olímpia sentido Barretos. Logo que você sai da vicinal entra direto na rodovia, o que causa transtornos e risco de acidentes. Também para quem vem de São José do Rio Preto para entrar na alça de acesso ou quem faz o retorno é uma entrada muito repentina, que já causou vários acidentes com caminhões tombados, carros batidos e capotamentos”, comentou à época.

TREVO COM VIADUTO

Também de acordo com Polisello, o prefeito já havia solicitado um estudo através da Secretaria Estadual de Logística e Transporte para que fosse construído um trevo em desnível, ou seja, com viaduto, porém com o retorno que num primeiro momento não teria necessidade.

“Vendo hoje o tanto de reclamações das pessoas que utilizam aquele trevo junto ao DER e os números de acidentes, tivemos a informação que foi autorizado projeto executivo para a construção do trevo em desnível. Com este estudo realizado posteriormente será liberada verba estadual para a construção da modificação. E no que depender dos esforços do Prefeito Geninho junto ao DER este projeto vai sair o quanto antes”, informava.

O secretário municipal de Obras, Engenharia e Serviços, Luiz Carlos Benites Biagi, esteve com a direção regional do DER para, de maneira formal, reforçar os pedidos feitos pelo prefeito.

Consta que foi informado que algumas melho­rias deviam ser realizadas com sistemas de zebras e lombadas para redução da velocidade. “São medidas paliativas para sanar os problemas em partes enquanto não forem sanados”, comentou Polisello.

Também foram solicitadas medidas de segurança em relação ao trevo da SP-322 com a rodovia de acesso Álvaro Brito, local onde a sinalização bastante confusa tem causado muitos acidentes.

 

 

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