28 de julho | 2013

Cetesb diz que Olímpia é a quinta maior em pontos de contaminação

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Um relatório com dados de 2012 divulgado recentemente pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), aponta o município de Olímpia como o 5.º maior em número de pontos de contaminação na região noroeste do Estado de São Paulo. Também segundo o órgão, a maior parte da contaminação, 90% do total, é causada por vazamento de combustível nos tanques instalados no subsolo dos postos.

Com oito casos, Olímpia perde somente para São José do Rio Preto que tem 39; Catanduva, 21; Barretos, 15; e Bebedouro, 9. Em relação à microrregião, ainda aparece o nome de Severínia que tem três pontos contaminados.

De acordo com a Cetesb, postos de combustível, indústrias, estabelecimentos comerciais e aterros sanitários causaram a contaminação do solo em 183 áreas na região noroeste, com um ligeiro aumento em relação ao ano anterior, quando foram constatadas 171 áreas contaminadas.

“Hoje há equipamentos modernos de controle de vazamentos, com parede dupla e sensores. Mas até o ano 2000 não havia controle algum, e esses produtos ainda subsistem no solo”, explicou o gerente regional da Cetesb, Antonio Falco Júnior, em entrevista que concedeu ao jornal Diário da Região, de Rio Preto.

Uma vez no solo, os produtos derivados do petróleo penetram lentamente na terra, e podem atingir o lençol freático. “Como algumas dessas substâncias, como o metilbenzeno, dolueno e xileno são cancerígenas, o risco à saúde pública é preocupante”, diz o geólogo Samir Barcha, professor aposentado da Unesp.

Daí, afirma o gerente da Cetesb, o rigor do órgão no controle a na descontaminação dessas áreas. Uma vez constatada a contaminação, o posto é notificado a regularizar a situação. Caso contrário, é punido, primeiro com advertência, em seguida com multas que variam de R$ 9,6 mil a R$ 38,7 mil e até a lacração do estabelecimento. Falco não soube precisar o número de postos lacrados em Rio Preto nos últimos anos.
Se a empresa consegue despoluir o solo, entra em uma segunda etapa, em que a área é monitorada por mais dois anos – 59 das áreas estão nessa situação.

Se não for encontrado mais resquício de combustível nesse período, o local é classificado como reabilitado. Caso surjam novas evidências de produtos químicos, o processo de despoluição recomeça do zero.

Além de postos, a Cetesb constatou contaminação no subsolo de 11 estabelecimentos comerciais, um agrícola e cinco indústrias, além de dois aterros sanitários. São cinco áreas contaminadas com metais pesados.

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