08 de junho | 2008

Carneiro admite má qualidade de asfalto realizado no Jardim Luíza

Compartilhe:

 

O prefeito Luiz Fernando Carneiro admitiu a má qualidade do asfalto aplicado na pavimentação do Jardim Luiza, zona leste da cidade, concluído na semana passada. Pelo que disse, o serviço realizado no local não suporta a passagem de um veículo mais pesado.

"Vamos pedir para o secretário de Obras ver isso daí. Deve ter passado algum caminhão levinho lá, pelo jeito", justificou a reclamação surgida através de um dos locutores que apresentam seu programa semanal na Rádio menina AM.

O questionamento era em relação ao asfalto novo da rua Projetada 5, no Jardim Luiza, feito recentemente, próximo à construção da Cripta da igreja da Comunidade de Santo Expedito, já abriu um buraco enorme.

Mas a qualidade do serviço é ruim também em relação à capinação de ruas e avenidas. Um crime ecológico pode estar sendo praticado por funcionários que aplicam o veneno chamado mata mato, como forma de procurar manter a cidade limpa, pelo menos em algumas regiões.

A Dona Geni, que reside na avenida dos Olimpienses, telefonou fazendo reclamação. A mulher plantou pingo de ouro em volta e quando os funcionários foram lá só jogaram mata-mato e quando ela reclamou eles responderam: "Também a senhora enche de porcaria. Eu falei porcaria não senhor porque foi tudo comprado".

O prefeito falou que ela tem razão, mas que o pingo de ouro acumula pernilongos e "isso pode acabar sendo prejudicial para a vizinha e a senhora. Então, precisa ver outra planta ornamental bonita que dê menos trabalho pra senhora e não coloque a situação de saúde pública em risco, porque o pingo de ouro tem esse inconveniente. A gente tem evitado usar o pingo de ouro ultimamente".

Porém, para justificar o mato alto, Carneiro alegou que as chuvas atrapalham: "Normalmente a prefeitura tem funcionários que vão cortando por setores. Nesses últimos dias estavam na Aurora Forti Neves e vai chegar um dia que vai até a avenida Brasil também. Às vezes o mato cresce mais rápido do que conseguem cortar porque choveu recentemente também e isso revigora a grama, o mato, a umidade continua, mas dentro em breve deve chegar o turno de cortar nessa região da avenida Brasil".

No entanto, uma verificação feita pela reportagem desta Folha na Casa de Agricultura, mostra que o índice pluviométrico dos meses de maio e junho, até agora, estão baixos. No mês de maio, por exemplo, choveu em torno de 62 milímetros em apenas dois dias. Já em junho, até a tarde de ontem, choveu apenas 1,5 milímetro.

Serviço ruim

Porém, a falta de fiscalização dos serviços realizados por funcionários também acabou sendo destaque. Uma outra mulher telefonou reclamando que passam a maior parte do tempo parado nos lugares onde deveriam estar trabalhando.

"Nem eu quando trabalhava na roça tinha o descanso que tem esses caras. Esses caras ficam em cima do tratar, passa na beirada de qualquer jeito, capina nas coxas, meia hora o cara se enfia debaixo da guarita e fica, fica, depois da outra capinadinha (sic), vai almoçar e cadê o homem e o homem não volta mais. Tenho vergonha de ver um cidadão ganhando salários da prefeitura, mais parece um sanguessuga do que um trabalhador pelo progresso da nossa cidade", disse Benedita Miller, moradora na avenida Ângelo Rossi.

Compartilhe:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do iFolha; a responsabilidade é do autor da mensagem.

Você deve se logar no site para enviar um comentário. Clique aqui e faça o login!

Ainda não tem nenhum comentário para esse post. Seja o primeiro a comentar!

Mais lidas