19 de julho | 2015
Câmara autoriza Prefeitura gastar mais R$ 378 mil com Fefol
A Câmara Municipal de Olímpia autorizou a Prefeitura a gastar mais R$ 378 mil com a realização da 51.ª edição do Festival Nacional do Folclore (Fefol), que neste ano será realizado no período de 9 a 16 de agosto. A autorização foi aprovada durante uma sessão extraordinária realizada na quinta-feira desta semana, dia 16.
A informação da destinação do valor de R$ 378 mil foi divulgada na mesma data da aprovação do projeto pela jornalista Joyce Cremoneze, responsável pela apresentação do programa informativo da rádio Espaço Livre AM.
Para tanto, foi aprovado o Projeto de Lei número 4909/2015, de autoria do prefeito Eugênio José Zuliani, que dispõe sobre suplementação de dotação orçamentária, provavelmente favorecendo a Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer.
Entretanto, como se recorda no final de abril surgiu uma informação dando conta de que a falta de uma prestação de contas com o Ministério do Turismo em 2006 poderia inviabilizar a realização do evento neste ano.
Segundo consta, fornecedores e empresas que prestaram serviços no festival de 2014 ainda não receberam e a dívida poderia ultrapassar a casa dos R$ 100 mil. Trata-se de uma situação que ainda não deve ter sofrido alteração, até mesmo porque nenhuma outra informação contrária foi divulgada.
Consta que a não prestação de contas já teria inviabilizado a obtenção de recursos de R$ 399 mil no ano passado, porque a Associação Olimpiense de Defesa do Folclore Brasileiro (AODFB) estaria negativada no governo federal.
Essa situação teria derrubado a possibilidade de obter o recurso pelo Programa de Ação Cultural (ProAc), oriundo do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e Editais, da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo.
Também constava na ocasião, que a associação tinha fechado com a Ambev e a Açúcar Guarani esse repasse, mas chegou a notificação de que o CNPJ dela estava no chamado “Serasa” do governo federal, o que acabou travando a negociação.
“O Fefol tinha um orçamento contando com essa previsão, mas o dinheiro não veio e a previsão furou. Estamos agora tentando reverter junto ao governo federal esta situação, afirmou o secretário municipal de Cultura, Gustavo Zanette (foto). Segundo ele, “tinha a esperança de solucionar agora em 2015, mas não tivemos sucesso”.
No entanto, Gustavo Zanette enfatizava que a dívida era da associação e não da Prefeitura Municipal de Olímpia. “Não é o secretário e nem a Prefeitura que devem”, justificou.
CREDORES CERTOS
Ainda de acordo com a informação divulgada, havia dois principais valores considerados mais alto, um deles de uma empresa local. Trata-se da Centrograf, empresa que faz os serviços gráficos para o festival que, segundo Nilton Martins Garrido, que é sócio proprietário, o valor chega a R$ 35 mil.
Outra dívida cujo valor também é considerado grande é com a empresa que locou o palco que é no valor de R$ 40 mil. “Como a Prefeitura pode pagar isso”, questiona Gustavo Zanette.
Segundo ele comentou na oportunidade, uma das possibilidades de saldar os débitos é a antecipação da receita com locação de terrenos, barracas e parque. Entretanto, essa medida, se confirmada, vai comprometer e muito a possibilidade de bancar os custos do festival deste ano.
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