16 de setembro | 2007

Cães vítimas de ataques de cães triplicou em um ano

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 A grande grita dos últimos dias foram os ataques que cães, principalmente, de grande porte, praticaram contra outros de portes menores quando encontraram uma oportunidade para tanto. Um portão mal fechado é a chance para escapar e tentar abocanhar uma pequena vítima que passa em frente da casa passeando, às vezes junto com seu dono.

De acordo com o veterinário Alexandre Guedes Fraga (foto), que concedeu entrevista a esta Folha para falar a respeito do assunto na tarde desta sexta-feira (14), de um ano para cá, a média passou de dois para seis atendimentos por causa de ataques por mês.

FR: A clínica tem atendido muitos cães de pequeno porte vítimas de ataques desses cães maiores?

 O veterinário lamenta que a freqüência é um pouco maior do que o normal, até mesmo porque nem todo mundo usa focinheira e enforcador quando sai com o animal na rua, embora exista exigência legal, porém, que não é cumprida.

O instinto dos cães para o ataque é reforçado por Fraga quando comenta a existência de rinhas de briga de cães no Jardim São José, próximo da Cidade Mirim de São João Batista. "A molecada solta o cachorro para brigar e de vez em quando a gente atende algum um pouco mais machucado", conta.

Além dos ferimentos normais quando ocorre um ataque, ele avisa que, por exemplo, no caso do Pit Bull e Rottweiler, que têm mordidas muito fortes, podem até matar até uma pessoa. "Tem riscos sim", enfatizou.

Pequenos também atacam

Há cães de pequeno porte que também atacam os de grandes portes. A agressividade é inerente ao cachorro e tem cães de caça de portes pequenos que também tem instinto de ataque e por ter menor potência, dificilmente causa traumas a um de grande porte.

Entretanto, essa ação de animais como Pit Bulls, Rottweilers, Labradores, Fila e outros cães e outros de grande porte, que chegam até a atacar eqüinos, é considerada normal para o veterinário.

Ele explica que no caso dos Rottweilers, por exemplo, são cães que adquiriram o instinto de seus antecessores que eram usados até para atacar pessoas durante a segunda guerra mundial e que eram usados em rinhas para brigar com outros animais.

Fraga conta que já teve caso de um Pit Bull que atacou um cavalo no pescoço e não largou indo parar no Jardim Boa Esperança. Outro caso que conta aconteceu no Jardim Glória quando dois Pit Bulls fugiram e chegaram a matar nove cães e não atacaram nenhuma pessoa, que chegava perto na rua, até para apartar a briga entre os cães. "Só animal mesmo", asseverou.

Médico não comparece para prestar depoimento na polícia

O médico Péricles Rios Auade, de 28 anos, morador na rua Esmeralda Duarte da Silva, 430, em Severínia, não atendeu a intimação para prestar depoimento na delegacia de polícia de Severínia, que estava marcado para anteontem. Ele é acusado de ter dado ordem de ataque ao seu cachorro pitibul e também agredido o rurícola Alexandre Gomes de Souza, de 22 anos, morador na Cohab IV, em Severínia.

O ataque aconteceu na noite da última segunda-feira, por volta das 23 horas, quando o rurícola passava defronte a residência do médico, tendo ficado ferido nas pernas e braços. Segundo duas testemunhas confirmaram na delegacia de Severínia, o rurícola chamou o medido para reclamar e acabou sendo agredido por ele, com socos e chutes e ainda teria dado ordens de ataque ao cão.

Ainda de acordo com as testemunhas, elas socorreram o rurícola e acionaram a polícia. Na delegacia de polícia de Severínia o delegado, Cláudio Padovane, instaurou um TC-Termo Circunstanciado para apurar omissão na cautela e guarda de animais e lesão corporal dolosa. O médico não foi encontrado na noite do acontecido. Intimado a comparecer da delegacia na quinta-feira, para prestar depoimento, o médico Péricles não compareceu. Segundo a polícia, ele pediu licença de 30 dias no posto de saúde que prestava serviços, em Severínia.

 

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