Provando que é a pior Câmara de todos os tempos e totalmente submissa ao executivo e após denúncias da vereadora Alessandra Bueno, o Legislativo local, segundo informações extraoficiais (ninguém informa nada oficialmente), vai realizar sessão extraordinária para começar o processo de privatização do Daemo.

O que era um simples burburinho na internet, após as denúncias da vereadora Alessandra Bueno de que estava tudo acertado entre os vereadores para a privatização do Daemo, a situação parece estar se confirmando.

Pelo menos extraoficialmente, na manhã de quinta-feira, 16, segundo informações obtidas de pessoas de dentro do legislativo, a Câmara Municipal de Olímpia vai fazer uma sessão extraordinária, na surdina, na calada do dia, às 11 horas desta sexta-feira, para suprimir da lei orgânica um inciso que exige a realização de consulta popular para a privatização do Daemo.

Ardilosamente, ou de forma imoral, sem divulgação prévia, o legislativo local marcou para uma sexta-feira, já no período de recesso legislativo, a sessão extraordinária para acabar com este dispositivo democrático que dá á população o direito de escolher se vende o seu órgão mais rentável e garantidor de que não nos tornaremos uma Caldas Novas, onde as águas são de um pequeno grupo que, ao que se informa, faz e desfaz da economia do município e, principalmente, que as contas de água não vão ficar mais caras ainda, a exemplo de outras cidades onde o serviço foi privatizado.

Além de outras alterações que, ao que se informa, serão impostoas goela abaixo da população, estaria a do inciso VII do artigo 181 da Lei Orgânica do Município que prevê:

“VII – Na eventualidade de terceirização do Sistema Integrado de Gerenciamento dos Recursos Hídricos do Município de Olímpia, fica obrigado à municipalidade a realizar consulta popular, através de referendo. (Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº 17/2007 do vereador Dirceu Bertoco)”.

Se for aprovado nesta sexta-feira, o município poderá privatizar o Daemo por simples lei ordinária da Câmara, sem consultar a população.

Até as 9h30 da quinta-feira não figurava no site da Câmara nenhuma proposta de emenda à Lei Orgânica do Município, muito menos a que visa suprimir a consulta popular para privatização do Daemo.

Na Câmara, na quarta-feira, ninguém quis dar informação. Pelo WhatsApp foi perguntado ao presidente, Zé Kokão, no período da manhã, se o fato era verdadeiro, mas o vereador apenas respondeu: “O regimento foi feito por uma empresa e acompanhado pela comissão de vereadores para acompanhar o regimento”.