15 de julho | 2008

Benzedeira teria informado localização do corpo de enxertador de seringueira

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Até o final da tarde da segunda-feira, dia 14, a Polícia Civil da cidade de Severínia já tinha ouvido quatro pessoas no inquérito, que apura a autoria do assassinato do enxertador de seringueiras Amauri de Freitas  Bitencourt, de 31 anos de idade, encontrado morto no início da tarde do sábado, dia 12, com um tiro no peito, provavelmente de uma arma de calibre 38. O corpo teria sido localizado através de informação passada por uma benzedeira da cidade.

Foram ouvidos os pais da vítima Gustavo Bitencourt e Aparecida Freitas Bitencourt, a noiva de pré-nome Cláudia e o corretor da cidade de Monte Azul Paulista, José Roberto, conhecido pelo apelido de Bidu.

Segundo consta, o local onde o corpo de Amauri foi encontrado é próximo da Vila Capim, na cidade de Severínia, e teria sido informado pelo marido de uma benzedeira da cidade.

Amauri estava adquirindo um sítio no município de Olímpia, próximo a chamada Saída do Zapella, perto do recinto do folclore, de aproximadamente dois alqueires, que pertence a um comerciante de Olímpia. Além de Bidu, também o corretor olimpiense, de nome Flávio, participava da negociação da propriedade rural, mas que ainda não teria sido ouvido no inquérito.

O pai de Amauri declarou na polícia que não sabia que o filho tinha a importância de R$ 132 mil para comprar o sítio, a não ser que tivesse ganhado na loteria e não contado para ninguém. Amauri, segundo foi esclarecido na segunda-feira, dia 14, trabalhava como enxertador de seringueira.

Já a noiva declarou que Amauri teria lhe falado que arrumou o dinheiro para a compra do sítio vendendo uma casa na cidade de Ibitinga e outra que teria na cidade de Severínia. Informações que a polícia está investigando ainda.

Amauri havia dito ainda que o dinheiro para a compra do sítio estava depositado numa conta corrente na agência do Banco do Brasil em Olímpia. No entanto, de acordo com a polícia, não há conta bancária em nome do enxertador de seringueira.

Por outro lado, o termo de compromisso para a compra do imóvel foi registrado no 2.º Cartório de Notas e Ofício da cidade de Olímpia. Amauri tinha combinado com os corretores e o dono da propriedade que comprava, para fazer o pagamento e passar a escritura na tarde da terça-feira, dia oito de julho. Porém, Amauri não apareceu para o compromisso acertado e foi encontrado morto na tarde do sábado, dia 12, com o corpo já em estado de decomposição.

Benzedeira
Outra informação que está sendo checada é o fato da informação do local onde estava o corpo de Amauri foi passada a familiares pelo marido de uma benzedeira da cidade de Severínia.

Essa informação foi confirmada pelo corretor de Monte Azul Paulista durante uma entrevista que concedeu a uma das emissoras de rádio da cidade de Olímpia, no final da manhã da terça-feira, dia 15.

Bidu conta que no início da manhã do dia do desaparecimento de Amauri recebeu um telefonema da vítima por volta das 6h30, confirmando o encontro na casa dele em Severínia, por volta das 12h30 e quando chegou foi avisado pela noiva que Amauri havia saído e não retornado e que o esperava para vir ao cartório.

 

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