11 de janeiro | 2012

Assessor de Geninho usa rádio para tentar destruir a Folha da Região

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Ao que tudo indica o prefeito Eugênio José Zuliani, Geninho,
deve ter ordenado a um de seus vários assessores de imprensa (e contra a
imprensa), agora também locutor de rádio, Julio Cesar Faria, conhecido por
Julião Pitbul, utilizar a Rádio Difusora AM, emissora de rádio que consta estar
em poder de seu grupo político, para fazer retaliações contra a Folha da Região,
jornal que nunca se vendeu ou defendeu interesses de qualquer político local.

Durante o programa que apresenta, mesmo em meio às poucas
entrevistas que leva ao ar, o assessor claramente força anunciantes e até
alguns ouvintes que se prestam a participar, a falarem mal do jornal criticando
matérias publicadas em defesa do nome do prefeito.

Aparentemente trata-se de uma forma de tentar jogar a
população contra o jornal que apenas realiza um trabalho jornalístico sério,
mas que não está agradando o prefeito de momento, assim como não agradou a
vários de seus antecessores.

Essa tentativa de intimidação e, talvez, de promover o
estrangulamento financeiro do jornal se dá no sentido de fazer com que
assinantes deixem de adquirir as edições do jornal e até mesmo com que
anunciantes deixem de mostrar seus produtos e serviços através da Folha da
Região.

É comum ouvir as pergunta: “o que você está achando da
administração do atual prefeito” e “você acredita em tudo que esse jornal
publica”. Em várias ocasiões, quando a pessoa tenta se desviar ou responder de
forma diferente a de que deseja o serviçal do prefeito, ele próprio faz a
afirmação e cobra incisivamente do entrevistado, perguntando: “não é verdade?”.

Por isso, o editor da Folha, advogado e jornalista José
Antônio Arantes, diz que está estudando um processo contra o radialista, a
emissora e o prefeito.

“O que está parecendo é uma tentativa desesperada de prejudicar
a vida financeira do jornal como forma de calar a boca de quem não compactua
com uma realidade forjada e fajuta que quer fazer passar o ditador Geninho.
Aliás, este tipo de ação, parece ter sido tentada logo no início do mandato, através
da secretária municipal de Saúde, Silvia Elizabeth Forti Storti, que comprou
espaços durante quase um ano para fazer campanhas da pasta e não pagou”,
explicou o jornalista que enfatizou: “Talvez já considerando que não conseguirá
“calar” a editoria deste jornal, o prefeito tenha iscado seu pittbul para
agredir a empresa”.

“Como não consegue comprar a Folha e nem o editor do jornal
tenta utilizar estas artimanhas com o intuito de provocar o sufocamento
financeiro da empresa”, afirma o editor da Folha da Região.

E houve outra tentativa de calar órgão de imprensa da
cidade. Recentemente foi tentada a contratação do radialista Márcio Matheus que
trabalha na Rádio Menina AM para que fosse trabalhar na Rádio Difusora AM, ao
lado do assessor Pittbul de Geninho. Inclusive, a informação dessa contratação
foi noticiada até mesmo em um blog de notícias considerado oficial, que também se
notabilizou por falar bem do prefeito.

OCUPA CARGO QUE SERIA ILEGAL

Como se sabe, através de cargos que inclusive são analisados
pela Procuradoria Geral do Estado de São Paulo (Ministério Público) como sendo
provavelmente inconstitucionais, Julio Cesar Faria foi contratado em cargo
comissionado na Prefeitura, para atuar na assessoria de imprensa do prefeito
Geninho.

O editor do jornal, José Antônio Arantes, que estuda
filosofia e já leu bastante sobre política, diz que nunca viu ou ao menos tomou
conhecimento de caso igual ao quadro atual. “Nem com o ministro da propaganda
de Hitler, na época do nazismo, onde surgiu a célebre frase que uma mentira
repetida várias vezes se transforma em verdade”, reforça.

“O prefeito simplesmente tem jornais e rádio falando o tempo
todo que ele é o melhor do mundo, ao que tudo indica, tentando fazer uma
lavagem cerebral no olimpiense. E o pior é que nem a justiça eleitoral nem a
promotoria eleitoral fazem nada contra isso. É uma vergonha”, afirma.

“A situação é absurda pois apresenta um prefeito mostrando
ser o maior ditador que o mundo já viu, pois quer ver todo mundo só falando bem
dele e quando não contrata o jornalista ou radialista para ser seu capacho, dá
mostras de tentar destruí-lo ou ao veículo que trabalha”, acrescenta.

Outro exemplo foi o do radialista e estudante de jornalismo
Cleber Luis que, após fazer uma matéria num jornal local que não agradou o
prefeito, foi agredido pela mídia Genial até ser contratado pela rádio irmão da
Difusora AM, a Band FM, para fazer programa musical e deixar de emitir opiniões
ou fazer matéria noticiosa.

José Antônio Arantes, que diz nunca ter visto caso idêntico na
história, compara o prefeito Geninho a alguns dos maiores ditadores que a
humanidade já viu. “Ao que parece agora a situação chegou a um ponto de que a
comparação não pode ser feita nem mais com os membros da ditadura militar,
Geninho está superando Mussolini e Hitler neste aspecto e está se tornando um
verdadeiro câncer da democracia que é baseada no debate de ideias, na discussão
entre os diferentes e não na repressão à opinião e na mutilação dos veículos de
comunicação como forma de impor uma realidade inexistente”, explica.

Para o jornalista “o pior é que seus assessores ou seu
pessoal de frente não têm nem a preocupação de disfarçar a mudança brusca de
situação, com uns construindo imóveis suntuosos, outros andando de veículos
novos e caros, etc. Zulliani, ao que tudo indica, está querendo transformar
Olímpia em sua propriedade particular, usando o cargo de prefeito”.

DISTRIBUIÇÃO DE JORNAIS

Na perseguição que tem sido levada a efeito, o radialista
chega a comparar a Folha da Região com alguns jornais que tentam dar
sustentação política ao prefeito, fazendo distribuição maciça de edições de
forma gratuita, ao fato da empresa sistemática e aleatoriamente, distribuir
exemplares gratuitamente em bairros pobres da cidade.

Esse esquema, na Folha da Região, segundo explica a gerente
do jornal Bruna Silva Arantes, é feito com os jornais considerados como sobra
da edição e que são distribuídos em bairros mais pobres em que o poder
aquisitivo é proibitivo para a pessoa fazer assinatura ou comprar o jornal na
banca.

“E isso é feito há muito tempo, não é de hoje, e estas
sobras são distribuídas cada semana em um bairro pobre da cidade e também em
Baguaçu, Ribeiro, e até nas cidades da microrregião. É uma contribuição social
que a Folha sempre deu para os menos favorecidos”, reforça Bruna Arantes.

BATALHÃO DE CHOQUE!

Sob a coordenação de seu grupo político, o prefeito Eugênio
José Zuliani, Geninho, mantém um verdadeiro exército de jornalistas manifestamente
atuando em benefício de sua campanha eleitoral. Isso pelo menos é o que se pode
depreender do fato de haver inúmeros contratados em cargos de comissão para
atuarem como assessores de imprensa na Prefeitura Municipal de Olímpia.

O que se sabe, oficialmente, entretanto, é que o assessor de
imprensa da Prefeitura, Julio César Faria, conhecido por Julião Pitbul, atua na
Rádio Difusora AM e, aparentemente também seria editor de um jornal vinculado à
emissora, ambos que constam ainda pertencer ao empresário Fernando Cerejo
Martinelli, mas que, segundo informações de bastidores teriam sido arrendados
pelo grupo político do prefeito unicamente para serem usados em sua campanha
eleitoral.

Além de Faria, há pelo menos outros dois funcionários
diretos da assessoria de imprensa que, mesmo ocupando cargo público, mantém
seus jornais em atividade e o que seria pior, somente e sempre divulgando
informações puxando o saco do prefeito e de sua administração.

Um deles é o jornalista Manoel dos Santos, Nelito Santos,
que é proprietário do jornal Tabloide da Nova Paulista. Santos também é funcionário
público ocupando o cargo de chefe de redação da Imprensa Oficial do Município
(IOM).

E tem também a jornalista Andresa Carla Maieiros Rodrigues, que
além de também ocupar um dos cargos da assessoria de imprensa, mantém o jornal
Gazeta Regional em atuação e, da mesma forma, sempre divulgando informações que
beneficiem a imagem do prefeito Geninho.

Sem contar outros que estariam envolvidos extraoficialmente
no projeto Goebbels (nome do ministro da propaganda de Hitler) que o jornalista
Arantes entende pode ser chamado o projeto propagandista de Zuliani.

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