22 de março | 2015

Aproximadamente 72% dos bebês nasceram de cesáreas

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Contrariando a norma prevista pela Organização Mundial de Saúde (OMS), aproximadamente 72% dos bebês que nasceram na Santa Casa de Olímpia em 2014 foram através de cirurgias cesáreas. Pelo menos é essa a informação que consta no balancete da instituição publicado na Imprensa Oficial do Município (IOM), no dia 24 de março próximo passado.

Porém, de acordo com a OMS, o total de número de partos cesáreos tem que a­tingir no máximo aproximadamente 15%. No entanto, segundo os dados divulgados, ocorre exatamente o contrário.

Quer dizer, o número de cesáreas na Santa Casa de Olímpia é muito grande, ou seja, é praticamente o oposto do que está preconizado pela OMS.

“Todo mundo sabe que o número de cesárea hoje ultrapassa bem mais do que 50%. Nós estamos com uma base de 85% de cesáreas”, afirmou o diretor administrativo da Santa Casa de Olímpia, Vivaldo Vieira Mendes, durante uma entrevista que concedeu a u­ma emissora de rádio local.

Mas o diretor credita esse fato a problemas culturais da própria população e também a própria conjuntura que envolve o atendimento dos médicos ginecologistas.

De acordo com Vivaldo Men­des, no caso de uma ce­sá­rea o médico marca a cirurgia, vai lá, faz e, em seguida vai embora, diferente do que seria no caso de um nascimento através de parto normal.

“Um parto normal demora de 4 a 5 horas e o profissional não tem condições de ficar lá esse tempo todo. Então, a tendência normal é ter mais ce­sáreas. Não estou defendendo a cesárea, mas tem esses pontos e, além do que, a mulher não quer sentir dor”, justifica.

Segundo o relatório, na San­ta Casa nasceram 913 bebês sendo 766 através de ce­sá­reas e 137 em partos normais. Nos nascimentos pelos SUS foram registradas 330 cesáreas (72%) e 130 partos normais (28%).

Através de convênio foram 321 cesáreas e seis partos nor­mais. Já os nascimentos através de procedimentos par­­ticulares foram 125 através de cesáreas e apenas um parto normal.

INTERNAÇÕES E CIRURGIAS

Também de acordo com o relatório, o hospital realizou 3.865 (56%) internações a­través do SUS; 2.514 (37%) através de convênios; e 436 (7%) particulares.

Por outro lado, foram realizadas 1.630 (53%) cirurgias pelo SUS; 1.198 (39%) através de convênios; e 249 (8%) em pacientes particulares.

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