03 de julho | 2011

Antigo lixão em Ribeiro pode estar contaminando lençol freático local

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De acordo com a informação passada na tarde de ontem pelo prefeito Eugênio José Zuliani, Geninho, embora desativado oficialmente desde setembro de 2009, o antigo lixão, localizado na região do Distrito de Ribeiro dos Santos, pode estar contaminando o lençol freático do município de Olímpia.


“Trabalha-se (Cetesb) com a hipótese de que pode estar contaminando o lençol freático, mas disso ainda não se tem provas. Para saber se contaminam ou não o correto é fazer sondagens retirando terra até achar o lençol, colher amostra da água e levar para análise em laboratório”, afirmou o prefeito.


Para fazer o teste, segundo ele, tem que encaminhar as amostras de água para o Laboratório Adolfo Lutz. “Mas isso é a Cetesb que tem obrigação de fazer. Já citaram a possibilidade, mas não chegaram a avisar que fariam testes”, observou Geninho.


Como se recorda, no início de junho de 2009 a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), concedeu prazo para que o problema do aterro sanitário, o lixão, fosse solucionado pela Prefeitura de Olímpia. A desativação ocorreu 90 dias após a comunicação.


Antes, em abril do mesmo ano, o então secretário do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, Francisco Graziano Neto, quando esteve em Olímpia, avisou que poderia interditar todos os aterros sanitários em situações irregulares, os chamados ‘lixões’, caso os prefeitos desses municípios não passem a atender as novas previstas pela legislação.


Na ocasião o secretário mandou um recado aos prefeitos. “Ou os lixões sejam adequados de acordo com a legislação, ou serão todos interditados por mim. Não podemos mais conceber essas ‘fábricas de urubus’ que tem por aí”, ameaçou. “O governo só consegue ser eficiente numa tarefa dessas se o poder local se envolver”, emendou.


Graziano afirmava também, que a alternativa era o prefeito “fazer o trabalho dele direito, ou seja, enterrar direito o lixo quando ele chegar ao local, a grande dificuldade e, por isso se tornam lixões, porque não são cercados. Então você vê gente no lixo misturado com urubus, ambos disputando o lixo e isso é inconcebível. É contrário à legislação”.


NOVO ATERRO SANITÁRIO

Porém, há dificuldades, principalmente devido ao custo, para a implantação de um aterro nos moldes do que está previsto pela Lei Ambiental. No caso de Olímpia, segundo explicou o prefeito, a assessoria jurídica ainda trabalha a melhor forma de editar o edital para a terceirização do serviço.

Por isso, Geninho acredita que apenas em mais 90 dias, no mínimo, poderá colocar a questão para iniciar o processo de licitação necessário. “Os estudos estão sendo realizados pela assessoria jurídica”, emendou.


Por outro lado, enquanto isso não ocorre, a ideia é implantar nos próximos dias, provavelmente dentro de dois meses, um eco ponto em uma chácara adquirida pela Prefeitura, na região da chamada “saída do Zapella”, região sudeste da cidade.


A intenção é que ali sejam depositados produtos nocivos ao meio ambiente, desde entulhos de construção a até telefones celulares em desuso, passando por eletrodomésticos e móveis usados.


“Estimo que o descarte de celulares chegue a 15 mil unidades por mês”, disse, levando em consideração o número de aparelhos que consta haver no país, incluindo em Olímpia.


COLETA SELETIVA

Há ainda, também em fase conclusão, segundo o prefeito, estudos para implantar a coleta seletiva de lixo no município. Inicialmente o sistema será implantado nos Distritos de Baguaçu e Ribeiro dos Santos e, em seguida, na sede do município.

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