05 de março | 2017

Advogado confirma que Marcos Santos cobrava parte de salários de comissionados

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Ao prestar declarações ao Ministério Público de Olímpia, o advogado Haroldo Ferreira de Mendonça Filho, confirmou que o ex-vereador Marco Antônio dos Santos (foto), conhecido por Marquinho Santos, que está preso preventivamente acusado de concussão, cobrava parte do valor dos salários de funcionários comissionados que foram nomeados na Câmara Municipal de Olímpia, através de indicação dele, então vereador e 2.º secretário da mesa diretora.

A declaração foi dada na tarde do dia 21 de setembro de 2016, quando compareceu ao Ministério Público em atendimento a uma convocação da promotora Valéria Andréia Ferreira de Lima, titular da 2.ª Promotoria Pública de Olímpia.

Valéria Andréia Ferreira de Lima investigava crime de concussão que teria sido praticado pelo ex-vereador, que foi denunciado pela sua ex-assessora, Brenda Martins Pavani, alegando que todo mês era obrigada a devolver parte de seu salário que recebia na Câmara Municipal de Olímpia a Marco Santos.

Mendonça Filho disse que trabalhou como comissionado na Câmara Municipal de Olímpia, nomeado a pedido do então vereador, no período de janeiro a outubro de 2015, mas que pediu exoneração motivado pela cobrança insistente de Marco Santos.

Consta no processo que “O declarante (Mendonça Filho), nos primeiros quatro meses recebeu sua remuneração, sendo que até então Marco Antônio dos Santos nada havia dito a respeito do recebimento de parte de sua remuneração. Entretanto, depois de algum tempo, segundo consta em cópia do documento do MP, “Marco Santos pediu a quantia de R$ 1.000,00 por mês, dizendo expressamente que seria essa quantia, pois teria sido colocado como comissionado na Câmara Municipal por ele”.

Também consta que “o declarante sempre se negou dizendo a Marco Santos que não lhe daria dinheiro, mas poderia lhe ajudar fazendo publicidade e divulgando o seu nome”.

Mas também segundo Mendonça Filho, Marco Santos insinuava que os cargos comissionados que havia indicado eram cargos dele e, assim, deveria haver uma “troca de favores”.

O advogado relatou que percebeu que as abordagens de Marco Antônio dos Santos ficaram mais incisivas e por este motivo decidiu deixar o cargo de assessor de expediente.

Mas quando ele chegou à secretaria da Câmara para fazer o acerto e deixar o cargo, Marco Antônio dos Santos, em tom de brincadeira, mas com certa seriedade no tom de voz disse “que deveria entregar metade de seu acerto. Ele disse que já sabia o valor”.

Ainda consta no documento que “não acreditando no que estava ouvindo sacou o telefone, dizendo para Marco Santos repetir o que havia dito. No entanto, Marco deu as costas e não mais conversaram após esse dia”.

Já em sua declaração que consta no processo crime, o advogado afirma que chegou a reclamar com a funcionária da secretaria de nome Cláudia, mas que essa lhe teria falado que seria assim mesmo.

 

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