19 de julho | 2009

A falta de dinheiro e descuidos geram atrasos de muitas contas

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Para os entrevistados pela reportagem desta Folha, os problemas financeiros enfrentados pela maioria das pessoas e os descuidos, tanto da parte do DAEMO (Departamento de Água e Esgoto do Município de Olímpia) que demorou a buscar um acerto, tanto dos consumidores, que em muitos casos deixaram acumular pela falta da cobrança, são responsável pelas grandes filas que tem se formado na porta da autarquia diariamente.

Ao ser perguntada sobre qual a razão da fila, a desempregada Juliana Cristina de Almeida, afirmou taxativamente: “porque antigamente diziam que não cortavam, tanto é que ficou muito tempo sem cortar e acharam que pagar era coisa desnecessária e que nunca cortaria a água e então foram deixando”.

O desemprego é apontado como uma das causas da falta de pagamento das contas de água para o pintor, Ademir Alves de Toledo: “creio que um pouco é por causa dessa crise e muitos estão desempregados”.

Até as medições de consumo quando não há ninguém na casa e o leiturista não consegue acessar o hidrômetro aparece como causa, como foi apontado pelo ajudante de serviços gerais, Fabiano Ro­drigo de Castro: “eles põem o preço por conta deles e isso já ocorreu conosco”.

A dona de casa Tereza Be­nedita Marangoni Rizzo acrescenta as despesas que as famílias têm: “às vezes gastam com remédios”. Por falar em despesas, a secretária do lar Dalva Apa­recida dos Santos, acrescenta mais algumas: “se eles pagam a água, ficam sem a comida. Se não pagam a água é porque não tem dinheiro”.

Para a dona de casa Publia do Carmo dos Santos, “as pessoas mais humildes ficam um pouco complicadas porque ganham salário mínimo, pagam aluguel e tem filhos e com o salário que eles recebem não dá para pagar”.

Sobre a falta de emprego, a desempregada Darci Aparecida da Silva, que cuida de um idoso, foi mais enfática: “a cidade só tinha a laranja, não tem emprego. O que vai acontecer? A cidade vai ficar pagando água e vai ficar só pobreza”.

PESQUISA DA POBREZA

A balconista Janete Apare­cida Silveira, diz que “a situação está bem difícil, mas todos nós temos que entender e fazer o possível para pagar o básico, seja água, luz e aluguel. Acho que deveriam fazer uma pesquisa com as pessoas de baixa renda mesmo e ter uma taxa para eles mais baixa, o mínimo para pelo menos isso poder ajudar”.

A dona de casa Edna Barbosa de Jesus, além da falta de emprego e, conseqüentemente de dinheiro, reclama que sempre falta água nos bairros: “no bairro onde moro estava faltando água e as pessoas foram cansando e pararam de pagar e acumulou”. Para o soldador Washington Jac de Oliveira, a falta de emprego e os baixos salários na cidade, tem responsabilidade com esse resultado: “hoje uma pessoa que ganha R$ 600 em Olímpia, uma cidade turística, não tem como pagar água e luz e, ainda por o que comer dentro de casa”.

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