30 de julho | 2019
O livro Serotonina já está nas livrarias!
Serotonina
Florent-Claude Labrouste tem 46 anos, detesta seu nome e toma antidepressivos que liberam serotonina e causam três efeitos colaterais: náusea, falta de libido e impotência. Seu périplo começa em Almeria (Espanha), segue por Paris e depois pela Normandia, onde os agricultores estão em luta. A França está afundando, a União Europeia está afundando, a vida de Florent-Claude está afundando. O sexo é uma catástrofe. A cultura não é mais uma tabua de salvação — nem mesmo Proust ou Thomas Mann são capazes de salvá-lo. Nesse contexto, Florent-Claude descobre vídeos pornográficos assombrosos em que sua atual companheira aparece, e isso é a gota d’água para que ele deixe o trabalho e passe a viver em um hotel. Perambula pela cidade, visita bares, restaurantes e supermercados. Repassa suas relações amorosas, marcadas sempre pelo desastre, que transitam entre o cômico e o patético. Ao se reencontrar com um velho amigo aristocrata, que parecia ter uma vida perfeita, mas que foi abandonado pela esposa e se vê falido, Florent-Claude aprende a manejar uma arma de fogo — que vai mudar sua vida para sempre. Em um espiral de problemas, Florent-Claude se torna um hábil analista da contemporaneidade, de seus anseios, inseguranças e problemas. Sua vida, um reflexo do desinteresse pelo mundo, será o espelho das mais cruéis agruras da vida. De Michel Houellebecq, o livro tem 240 páginas e é da Editora Alfaguara.
Os Onze
Desde o julgamento da Ação Penal 470, mais conhecida como “Mensalão”, o Supremo Tribunal Federal viu-se no centro do debate nacional. Seus integrantes se tornaram amplamente conhecidos e, também por isso, passaram a usar a opinião pública como fundamento para seus votos. Nos turbulentos anos de uma das maiores crises políticas e econômicas que o país já viveu, o protagonismo a que foi alçado o tribunal criou um conjunto novo de desafios. O jornalista Felipe Recondo, especialista na cobertura do STF, acompanha e analisa o cotidiano do Supremo há mais de uma década. Luiz Weber estuda o funcionamento do tribunal e analisa os movimentos e forças políticas que interagem com o STF. Ao longo de anos, os dois realizaram centenas de entrevistas para escrever “Os onze: O STF, seus bastidores e suas crises”. Onze é o número de ministros do Supremo, que atuam como “onze ilhas”. A expressão foi cunhada pelo ex-ministro do STF Sepúlveda Pertence e se consolidou como chave de interpretação para o funcionamento do tribunal, com a proliferação de decisões monocráticas e a sucessão de embates internos. Num momento em que o STF se vê sob o ataque de expoentes do governo federal e de militantes nas redes sociais, entender as dinâmicas da última instância do poder judiciário é mais importante do que nunca. Com 376 páginas, o livro é da Editora Companhia das Letras.
Que Será
Jean Wyllys lutou desde o início. Ainda criança, numa cidadezinha do interior da Bahia, disse à mãe que entraria numa universidade e tiraria toda a família da miséria. Apesar de desacreditado pela família e pelos amigos, em 1995 foi aprovado no curso de jornalismo da Universidade Federal da Bahia, um dos mais disputados do país. Dez anos depois, voltou a surpreender ao vencer a quinta edição do “Big Brother”, o reality show mais popular da televisão brasileira. Tornou-se uma celebridade, mas em pouco tempo deu uma nova guinada, abraçando a política. Eleito deputado federal, pelo Estado do Rio de Janeiro três vezes consecutivas, Jean Wyllys levou o debate sobre os direitos das minorias e dos homossexuais para uma das principais arenas da política: a Câmara Federal. Na mesma proporção em que cresciam sua popularidade e a visibilidade de seus projetos, campanhas de difamação e ameaças à sua vida e à de seus familiares aumentaram até sua vida se tornar um pesadelo.
Em “O Que Será”, Jean Wyllys revê a trajetória do Brasil através de sua própria história e narra o longo caminho percorrido de Alagoinhas até Berlim, cidade que escolheu para morar após desistir do mandato e deixar o país. Com 224 páginas, o livro é da Editora Companhia das Letras.
Através do Vazio
É Natal de 2067. Os acordes de uma música natalina ecoam pelas ruínas de uma espaçonave que flutua pela escuridão. Lá dentro, May desperta lentamente — a única sobrevivente de um acidente desastroso na primeira viagem tripulada a Europa, a lua de Júpiter. Sozinha no vazio do espaço, em uma nave caindo aos pedaços, May tenta desespera- damente reencontrar o caminho para a Terra. A única pessoa capaz de ajudá-la é Stephen Knox, um cientista brilhante da Nasa e um homem que ela magoou profundamente antes de partir. Enquanto ela batalha pela própria sobrevivência e sinais de sabotagem começam a vir à tona, a voz de Stephen parece ser a única coisa capaz de atravessar o vazio insondável do espaço e levá-la de volta para casa em segurança. De S. K. Vaughn, o livro tem 376 páginas e é da Editora Suma.
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