06 de novembro | 2017

O livro Poliedro chegou nas livrarias

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Manuscritos Notáveis
Misto de impressão de viagem e história de detetive, “Manuscritos Notáveis” é, assim como cada um dos doze tesouros que o compõem, um livro de maravilhas.Nunca pudemos chegar tão perto do Evangelho de Santo Agostinho, que nos leva a uma era na qual um novo letramento cristão emergia do colapso da Roma antiga; ou de Carmina Burana, que reúne canções de amor e luxúria dos estudantes e doutos errantes da Munique do início do Século XIII. Em edição colorida e fartamente ilustrada por imagens dos documentos, o autor retraça os elaborados percursos que esses valiosos artefatos empreenderam ao longo do tempo, mostrando as condições em que foram copiados, quem os possuiu ou os desejou, como foram implicados nos rumos da política e passaram a ser encarados como objetos de suprema beleza e símbolo de identidade nacional.  De Christopher De Hamel, o livro tem 680 páginas e é um lançamento da Editora Companhia das Letras.

Gorda Não é Palavrão
Mesmo quem sabe que peso não é indicativo de beleza, saúde ou caráter ainda tem dificuldade em superar os valores associados às palavras “gorda” e “magra”. Pra quê? Por que permitirmos que “gorda” seja praticamente um palavrão, um insulto? Através de sua história única de trabalho duro e conquistas, Fluvia Lacerda, a mais renomada modelo plus size brasileira, oferece um manifesto inspirador de autoaceitação. Ela encoraja mulheres a questionarem a falta de representatividade de tamanhos na moda e na mídia e a deixarem de se submeter aos padrões alheios. Com 112 páginas, o livro é da Editora Paralela.

A Noite da Espera
Nove anos após a publicação de “Órfãos do Eldorado”, Milton Hatoum retorna à forma da narrativa longa em uma série de três volumes na qual o drama familiar se entrelaça à história da ditadura militar para dar à luz um poderoso romance de formação. Nos anos 1960, Martim, um jovem paulista, muda-se para Brasília com o pai após a separação traumática deste e sua mãe. Na cidade recém-inaugurada, trava amizade com um variado grupo de adolescentes do qual fazem parte filhos de altos e médios funcionários da burocracia estatal, bem como moradores das cidades-satélites, espaço relegado aos verdadeiros pioneiros da capital federal, migrantes desfavorecidos. Às descobertas culturais e amorosas de Martim contrapõe-se a dor da separação da mãe, de quem passa longos períodos sem notícias. Na figura materna ausente concentra-se a face sombria de sua juventude, perpassada pela violência dos anos de chumbo. Neste que é sem dúvida um dos melhores retratos literários de Brasília, Hatoum transita com a habilidade que lhe é própria entre as dimensões pessoal e social do drama e faz de uma ruptura familiar o reverso de um país cindido por um golpe. Com 240 páginas, o livro é da Editora Companhia das Letras.

Poliedro
Profundo conhecedor de artes visuais, fascinado por Mozart e por Nijinski, o poeta mineiro Murilo Mendes reúne erudição singular e múltiplos interesses. Em “Poliedro”, seu largo horizonte intelectual se desenvolve em fragmentos que se aproximam dos aforismos e dão novos ares à prosa lírica, numa mistura de reflexão, memória, poesia, ensaio e verbete. Dividido em quatro partes — “Microzoo”, “Microlições de Coisas”, “A Palavra Circular” e “Texto Délfico” —, Poliedro foi publicado em 1972, três anos antes da morte de Murilo Mendes. Nesse livro, um dos poucos voos em prosa do consagrado poeta, a reformulação da linguagem e o constante diálogo entre arte e pensamento são elementos centrais. Para Carlos Drummond de Andrade, trata-se de um “fruto saboroso da cultura brasileira confrontada com valores universais”. Com 240 páginas, o livro é da Editora Companhia as Letras.

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