27 de janeiro | 2019
Gustavo Pimenta amigo ou inimigo de Olímpia?
Do Conselho Editorial
Tem sido levado nas redes, e parte da mídia ligada ao ex-prefeito Eugênio José Zuliani endossa, dois discursos tendo por objetivo desgastar a imagem do prefeito Fernando Cunha e sua administração, ao que tudo indica, para assim emplacar na próxima eleição o candidato da preferência de Eugênio José.
Nada demais e nem de novo nisto. Quem atua na política opera com o desgaste do outro para impor a posição do seu grupo e criar condições para que seu candidato seja eleito.
Um dos discursos é o que trata da incapacidade administrativa de dar uma solução razoável e capaz para o setor de saúde que está, em termos técnicos em patamar idêntico ou pior ao que estava no período das administrações de Eugênio.
Como o discurso de Eugênio quando se elegeu pela primeira vez era o de resolver o caos da saúde deixado pelo governo Carneiro em quatro meses e não resolveu em oito anos, contrário, conseguiu piorar e muito, Cunha utilizou a incompetência de Geninho na administração do setor de saúde para se apresentar como solução para o caos.
Tendo como vice um médico, utilizou todas as armas e argumentos para prometer que resolveria as questões graves e drásticas que rondam a saúde pública.
No entanto, infelizmente, política é feita de acordos nem sempre compreensíveis pra quem prega a moralidade e a ética na coisa pública, e o setor de saúde, para se manter a base de Cunha na Câmara, através do vereador Fernandinho, se tornou capitânia hereditária do candidato a prefeito derrotado Hilário Ruiz.
A indicação do Secretário de Saúde, ao que se comenta é cota do Vereador Fernandinho que é satélite de Hilário, cujo mandato, tudo indica, vive a reboque do ex-vereador e candidato a prefeito derrotado nas últimas eleições.
E Fernandinho que parece nada apitar, indicando o Secretário de Saúde por ordem de seu chefe Hilário é, juntamente com Cunha e o ex-vereador fugitivo do PT, responsável pela falta de qualidade nos serviços apresentados no setor.
A oposição genial reverbera a incapacidade para administrar o setor de saúde porque sabe que Eugênio, a incompetência que administrou o setor, se elegeu na primeira vez por ter colocado enfoque no desmonte da saúde no governo anterior e Cunha por ter focado nas mazelas do setor que Eugênio, como ele, parece não saber solucionar.
Outro debate é a questão do Turismo, onde grande parte da população se sente alijada e prejudicada pelo setor que, em Olímpia, e em todas as cidades turísticas acabam por impor ônus aos cidadãos que são difíceis de assimilar. Aumento do custo de vida, água, imposto, falta de segurança, etc. Somado a isto, o poder público geralmente foca suas ações nas regiões que são de interesse do setor turístico deixando meio que no abandono o restante da cidade.
Isto é visível e vivido pela população.
Há razões para isto, de ordem econômica, que serão debatidas em outro editorial.
No entanto, tanto no setor de saúde quanto na questão turística, o setor encarregado da imagem do governo Cunha não dialoga e não tem narrativa de convencimento de que o planejamento técnico terá uma etapa em que estas exigências serão premiadas.
Tudo dentro da normalidade, oposição desgastando o governo e o governo incapaz de convencer que pode ou é de outra maneira.
Porém, neste cenário maluco e irreal acontecem situações que nem o maior maluco beleza nas belezas de suas maluquices conseguiria imaginar tanta maluquice.
As redes sociais foram premiadas com um texto do ex vice-prefeito de Eugênio e ex-presidente da Câmara Municipal, vereador Gustavo Pimenta, onde o ódio por Olímpia escapou do sótão e ganhou as ruas.
Gustavo Pimenta postou o seguinte recado nas redes em razão do governador Dória, de seu partido, PSDB, ter cortado verbas do turismo local.
“Parabéns Governador Dória (PSDB) Resolução n. ST 03-18/012019. Suspendeu mais de 200 milhões no Estado de São Paulo de convênios do DADETUR , (Turismo), inclusive em Olímpia, respeitando o bom uso do dinheiro público. OBRIGADO Dep. Bruno Covas pelos R$ 500 mil encaminhado para saúde de Olímpia, na reforma da UPA. Olímpia para os olimpienses, não só turismo. Parabéns”.
Não há como interpretar como algo bom, algo positivo, um vereador interpretar como benéfico o governador retirar verbas do setor turístico, que com todas as falhas possíveis que possa ter é a alavanca da economia local.
Absurdo igual nunca fora visto antes na cidade, alguém torcendo pelo caos, pelo pior, porque se encontra em corrente contrária a do poder.
E, pior, insinuando a possibilidade de mau uso público de um dinheiro que sequer foi disponibilizado, desconhecendo, ou fingindo desconhecer, que hoje há dispositivos para fiscalização da destinação destas verbas a disposição do cidadão comum, e que se ele fosse responsável, no seu mandato fiscalizaria esta destinação.
Não há notícia que tenha fiscalizado nunca o uso de verbas públicas. Poderia e deveria, enquanto vereador, acompanhar passo a passo a aplicação da verba destinada ao turismo.
Foi muito mal, apostou contra a cidade, demonstrou falta de cidadania e despreparo total.
Ao final, como loucuras nunca veem incompletas finaliza o texto.
“Olímpia para os olimpienses, não só turismo”.
Ai é que mora o perigo dos discursos oportunistas de ocasião.
A questão turística e o abandono do entorno da cidade e da própria população pelo poder público é muito antiga, não é privilégio nem culpa só deste governo, este como outros governantes cuidam e sempre cuidaram mais do turista que dos olimpienses.
No caso de Gustavo Pimenta a questão vai se aprofundar na sua falta de noção, de senso do ridículo, pois qualquer pessoa que tivesse as rolimãs do cérebro rodando de forma solta e livre, que tivesse sido ex-vice-prefeito por oito longos anos, presidente da Câmara Municipal por dois e vereador há quase três se perguntaria o que fez para discutir e amenizar este problema. Lógico que se resposta fosse nada como parece ser, chegaria à conclusão de que faz parte do problema e nunca foi solução pra nada, como parece não ser.
O mínimo que se espera de um homem público é que apresente soluções para o que entende deva ser modificado nas relações que o poder mantém com os cidadãos; quando ele não faz e torce para que coisas ruins prosperem e traga prejuízo à cidade é comum que as pessoas questionem e se perguntem.
Gustavo Pimenta é amigo ou inimigo de Olímpia?
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