11 de junho | 2018

Moradores do Jardim Quinta das Aroeiras reclamam da falta de segurança no bairro

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Alguns moradores do Jar­dim Quinta das Aro­ei­ras, localizado na zona sudeste da cidade, ao lado principalmente do Jardim Luiz Zucca, bairro que é conhecido por Cohab II, estão reclamando da falta de segurança pública. Isso porque vários furtos a residências já foram registra­dos no bairro, levando-os a procurar esta Folha e a Rá­dio Cidade relatando alguns fatos. A procura foi como se fosse um pedido de socorro dos moradores do local.

“Eu moro aqui no bairro Quinta das Aroeiras e ultimamente está tendo uma onda de furtos que os moradores estão morrendo de medo. Minha casa foi furtada na semana retrasa­da. Em menos de um mês foram quatro furtos. Os ladrões já levaram um veículo HB20 novinho da garagem do meu vizinho.

Estamos com muito me­do e sem saber o que fazer”, diz o pedido de ajuda que chegou ao jornal.

Por isso, a reportagem entrou em contato com a cabeleireira Letícia Azevedo Paes Mota (foto), que é moradora da rua Marinha Ribeiro Daud, no bairro, e que recentemente teve a sua casa furtada.

“Foi na parte da tarde, de­pois das 14h30, que foi a hora que o meu esposo voltou do trabalho e ele chegou às 17h30. Eu estava fora de casa nesse dia. Ele chegou e já viu tudo revirado, a casa bagunçada, principalmente o meu quarto. Levaram a TV, notebook e uma quantia em dinheiro em torno de mil reais”, contou.

De acordo com a cabeleireira, considerando tu­do que foi levado da ca­sa, o prejuízo foi de aproximadamente 4 mil reais. “Eles pularam o meu mu­ro no fundo e arrombaram a porta da cozinha. Não foi nem um arrombamento, eles só forçaram a porta com duas chaves de fenda e ela cedeu, ela abriu”, explicou.

MAIS POLICIAMENTO

Em razão desses furtos, Letícia entende que deveria haver um policiamento melhor, além de uma limpeza no terreno que fica nos fundos de sua casa, que está é bem sujo e com o mato alto. “É de uma chá­cara. São raras as vezes que esse terreno é limpo”.

Sobre o policiamento melhor ela acrescentou: “A gente até estava a­guar­dando um programa da polícia militar que o capitão falou que ia fazer com o nosso bairro aqui, que é o Vizinho Solidário, mas por enquanto estamos no aguardo”.

Também de acordo com a cabeleireira, somente durante o mês de maio foram cinco furtos. “Eles ficam espionando quem entra e quem sai das casas e vê esse movimento e é onde eles fazem o furto”, reforçou.

VIZINHO ATÉ MUDOU

Letícia conta também que um dos seus vizinhos que, inclusive até se mudou do bairro, teve o carro furtado. “Isso mesmo. Entraram, né… esses cinco furtos foram as mesmas coisas: TV, notebook, bagunça procurando dinheiro e aconteceu que esse vizinho estava trabalhando com o carro da empresa e o carro dele ficou na garagem, então acharam a chave do carro, uma HB20 e arrombaram o portão e levaram o carro”.

A cabeleireira acredita que a mudança do vizinho se deu justamente em razão desses casos de furto e também por ter sido uma vítima até em situação mais grave. “Isso ajudou acho que 90% da mudança dele”, estimou.

Ser uma vítima de furto, principalmente nessas circunstâncias, “é a pior sensação que eu já vivi na minha vida, uma experiência horrível, não desejo para ninguém. Não é tanto de ter levado seus bens materiais, mas saber que um estranho entrou na sua casa, mexeu nas suas coisas, revirou praticamente suas coisas, fez a maior bagunça, isso é uma sensação horrível saber que um estranho entrou na sua casa”.

OUTRO LADO

Procurada pela reportagem, a Polícia Militar (PM) informou que faz ações de policiamento ostensivo e preventivo em todo o município, sempre analisando os índices criminais e fortalecendo as ações onde se fizer necessário. Também está buscando identificar os autores de furtos no bairro Quinta das Aroeiras e intensificando a vigilância no local.

A PM informa também que emprega todo seu efetivo operacional nos mais diversos programas de policiamento como o Radio-patrulhamento, Força Tática, Ronda Escolar, Atividade Delegada, ROCAM (Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas) e Policiamento Comunitário.

A intensificação do policiamento no município é resultado também do trabalho do prefeito Fernan­do Augusto Cunha junto às autoridades de segurança pública. As constantes tratativas, desde o ano passado, já propiciaram a ampliação da atividade nos bairros e nos distritos de Ribeiro dos Santos e Ba­guaçu e o Patru­lha­men­to Rural nas comunidades agrícolas.

Além disso, o município deverá criar a Guarda Municipal até o próximo ano e passou também a contar com o reforço no policiamento, por meio da criação do Grupo de Força Tática com sede em Olímpia que atua, desde janeiro, sob responsabilidade da 2ª Cia de Polícia Militar.

Ladrões levaram eletrônicos mas não acharam o dinheiro

O dia a dia dos moradores do Jardim Quinta das Aroeiras mostra uma rotina que, além do medo de serem atingidos até mesmo por um assalto, demonstra que muitas vezes sair de casa para o trabalho se transforma em uma possibilidade de ter mais é um prejuízo. Isso é o que se depreende da história contada por Carlos Eduardo Ramos (foto).

Simplesmente, quando retornam as suas casas os moradores acabam sendo surpreendidos com a falta de objetos, quando não levam dinheiro.

“Minha esposa chegou em casa junto com o meu filho e ao entrar constatou a janela aberta e já não viu a TV na sala, começou ver a casa toda revirada e nos demais cômodos foi notando falta de outros objetos. Já ficou preocupada porque a gente tinha algum dinheiro em casa também, mas graças ao bom Deus o dinheiro eles não acharam, estava guardado em uma gaveta”, relatou.

Mas notebook, televisão e diversos outros eletrônicos os ladrões levaram. “É assim, a gente sai cedo de casa, por volta de 6h30 da manhã, retor­na em casa por volta das 18h, quando o sol já está se pondo, ou seja, a casa fica o dia todo vazia. E a gente percebeu que não foi só a nossa casa, foram mais de cinco casas em um mês”, contou.

De acordo com ele, teve mais furtos. “Em um mês foram mais de cinco casas roubadas e nós tivemos a infelicidade de ter nossa casa furtada e durante o dia. Então enquanto a gente trabalha e está correndo atrás do pão nosso de ca­da dia, os marginais vêm à nossa residência e acabam furtando. E na verdade é assim, os bens materiais você conquista de novo, porém o mais triste é a sensação de casa invadida. É você ficar um bom tempo dormindo juntos no quarto com a porta do quarto trancada, pela insegurança, com medo de vir de novo. Meu filho pequeno e minha esposa também com medo de ficar na própria casa sozinhos. Acarretou diversas outras situações e outros problemas, não só o furto em sim, mas também outros problemas que nós tivemos e ainda temos, porque a insegurança é muito grande”.

Carlos teve inclusive de modificar a estética. Atualmente, ele acredita que está morando em uma fortaleza: “é cerca elétrica, aumentei o muro atrás consideravelmente bem mais alto, sensor em todas as portas e janelas. E entraram até de uma forma diferente, como o rapaz da segurança disse, eles movimentaram a folha fixa do blindex, nem estouraram a tranca, e foi muito fácil descolar o vidro e movimentar ele e entrar”.

“Os dados do computador a gente teve sorte ainda, não digo sorte, mas mi­lagre de Deus, a gente conseguiu recuperar o no­tebook. A polícia andando em um bairro da cidade, se eu não me engano Santa Ifigênia, um menor com uma caixa de leite enrolada, viu a polícia e jogou no chão a caixa de leite e a po­lícia foi lá, a­bordou ele, voltou e cons­tatou que tinha um notebook e ele disse que tinha comprado esse notebook por 30 reais”.

Segundo ele, a polícia disse que provavelmente esse menor tenha participado do furto também: “mas não é certeza, porque eles são muito fechados, não se abrem, não acusam ninguém, eles não comprometem mais ninguém, ele diz que comprou de um noia por 30 reais”.

Por isso, pede às autoridades que olhem com mais carinho para o bairro: “dêem mais atenção, melhorem a segurança, mais rondas durante o dia, não só à noite, mas também durante o dia e que invista em segurança também, porque além de saúde, educação, segurança hoje em dia é essencial para todos”, finalizou.                  

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