15 de novembro | 2009
Lixo deve ser depositado em aterro que pertenceria a primo de Geninho
Desde a quarta-feira, dia 11, que o lixo coletado em Olímpia está sendo transportado Catanduva e depositado no aterro sanitário licenciado daquela cidade, que é administrado pela Consfran Engenharia e Comércio Ltda., que consta pertencer a José Roberto Zuliani, que consta ser primo do prefeito Eugênio José Zuliani, Geninho. O contrato só com o aterro, por seis meses, pode chegar a R$ 351 mil.
No entanto, de acordo com o secretário de Obras e Serviços Urbanos, Gilberto Tonelli Cunha, a escolha e negociação de para qual aterro o lixo seria transportado, foi da empresa Mult Ambiental, da cidade de Votuporanga, que assumiu os serviços de coleta de lixo na cidade, na quarta-feira, depois de assinar um contrato emergencial com a prefeitura de Olímpia.
O secretário explica que para realizar o serviço é necessário cumprir quatro etapas que envolvem a coleta, o transbordo, o transporte para o aterro licenciado e a destinação final. A destinação final, de acordo com o Cunha, foi definida pela própria empresa. “Para se ter uma idéia, Catanduva está cobrando R$ 64 a tonelada e tínhamos orçamentos maiores”.
Também de acordo com o secretário, a viagem de ida e volta para o transporte do lixo é de aproximadamente 120 quilômetros. Uma carreta da empresa realizará o percurso diariamente para levar as 30 toneladas do lixo, em média, recolhidas em Olímpia.
Cunha justifica que foi seguido o edital do pregão onde estava estabelecida uma composição de custo para fazer todo o sistema complexo – coleta, transporte, transbordo e disposição final – que a empresa conseguiu uma negociação com o aterro sanitário licenciado de Catanduva.
PREGÃO
No pregão, segundo ele, a previsão inicial é de coletar 780 toneladas por mês, cálculo de cerca de 650 gramas de lixo por habitante. O secretário explica que no início da semana, por exemplo, na segunda-feira e terça-feira, o peso do lixo é maior que o sábado. No entanto, não descarta que o total supere a previsão inicial do pregão. “Estamos chegando em torno de 800 a 850 toneladas que é dentro da expectativa nossa”, avisa.
Os funcionários da coleta estão trabalhando uniformizados e totalmente equipados para a segurança que precisam. A empresa contratou – carteira assinada – algumas pessoas que estavam atuando na frente de trabalho e dos que estavam concursados na prefeitura, apenas um motorista está se transferindo para a empresa, que está estabelecida num barracão localizado à rua do Moçambique, número 269, Jardim São Francisco.
A empresa foi contratada pelo preço de aproximadamente R$ 124 mil por mês. “Que é mais ou menos o custo que a gente estava tendo com nossa equipe própria. Um pouco abaixo inclusive, porque a gente tinha muitos custos na manutenção dos caminhões e a operação do aterro, de quase R$ 40 mil por mês”.
Ainda de acordo com Cunha, no gerenciamento próprio, como vinha acontecendo até na terça-feira, dia 10, o custo da coleta do lixo doméstico era de aproximadamente R$ 126 mil por mês.
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