03 de junho | 2012
Estilo retrô de “Gabriela” vai virar moda
Ivete Sangalo na pele de Maria Machadão é símbolo de sofisticação. O seu figurino segue uma livre inspiração em Coco Chanel. Os bordados, rendas, pérolas e pedrarias têm tudo para serem incorporados na moda do dia a dia / Raphael Dias-RG
Tecidos finos e com brilho e drapeados não são exatamente novidades, mas ganham releitura através de Natascha, papel de Nathália Rodrigues. Novamente, as pérolas aparecem para fechar o visual / Raphael Almeida-RG
O remake de “Gabriela” estreia no dia 19 de junho, na tela da Globo. A história original é baseada no romance “Gabriela Cravo e Canela”, escrito por Jorge Amado e ganhou nova adaptação pelas mãos do autor Walcyr Carrasco, mas não somente o texto foi repaginado, o figurino dos personagens passou por uma espécie de releitura e prometem servir de inspiração para os telespectadores, principalmente para as mulheres.
“Gabriela” se passa nos anos 20, mais conhecido como os “Anos Loucos”. Na moda, especificamente, tudo podia, era o começo da liberação feminina. Os espartilhos foram abolidos.
As formas retas e geométricas aparecem nas roupas de Malvina (Vanessa Giácomo), por exemplo, mostrando que ela é moderna principalmente no contraste de cores. Ela aparecerá usando preto e amarelo, azulão e vermelho, sem deixar de lado os confortáveis sapatos estilo “boneca” e o cabelo é no melhor estilo “La garconne”, o que dá ares de independência e muita feminilidade a personagem.
Gabriela, vivida por Juliana Paes, é uma moça simples, usa vestidos confeccionados em algodão misturados com alguma peça de renda. O estilo dela é sensual e suas roupas a cara do verão brasileiro. Vestidos de alcinha, confeccionados em tecidos leves acompanhados de rasteirinhas ou sapatilhas prometem ser as peças coringas no dia a dia as mulheres que optam pela praticidade, mas sem perder a elegância e sensualidade.
Sempre levando em conta que a história se passa nos primeiros anos do Século XX, o figurino das mulheres que moram no Cabará Bataclã merece atenção. Elas são elegantes e estão sempre impecáveis, conforme exige Maria Machadão (Ivete Sangalo), por isso capricham na maquiagem e, principalmente nos adereços. As blusas de cetim são em tons nude, com drapeados e alças que mostram o corpo com elegância, o look é arrematado com colares e brinco confeccionados em pérolas, muitas pérolas e de várias cores. Aliás, as pérolas (quer sejam verdadeiras ou sintéticas) são ícones eternos na moda.
Maria Machadão é a rainha do lugar. A soberania está não só na postura de Machadão como nas vestimentas: “Nos inspiramos no japonismo com suas mangas largas e grandes, que remetem ao poder. Até em seus roupões – quando “está à vontade” entre as meninas – o japonismo está presente. Ela também tem um pouco de Coco Chanel em todos os momentos. Os brincos e colares são grandes e com peso. O que temos em mente é que Maria Machadão é uma pessoa que está sempre pronta, a qualquer hora”, conta Labibe Simão, figurinista de “Gabriela”. Para os cabelos, a inspiração também foi o Chanel, curto e um pouco armado.
E como acontece em quase todas as produções de folhetins, existem as peças criadas exclusivamente que geralmente caem no gosto do público. O colar azul com a imagem de São Sebastião foi desenvolvido especialmente para Dona Sinhazinha (Maitê Proença), que é devota ardorosa do santo. As alianças de todos os coronéis com suas esposas também foram feitas especialmente para a produção.
Falando em Dona Sinhazinha, o seu figurino é composto de tecidos finos, enfeitados com bordados e apliques de muito bom gosto. Ela é charmosa e parece viver num mundo a parte daquele cotidiano em Ilhéus. Os bordados também aparecerão em peças confeccionadas em linho, tecido que combina com a temperatura da Bahia, que comporão o guarda-roupa de outras mulheres da história. O linho foi muito evidenciado na moda do final dos anos 80 e anos 90, sendo considerado um clássico. Em “Gabriela”, o tecido aparecerá também nos ternos dos poderosos coronéis e sempre em cores claras.
Enfim, lembrando que o figurino de “Gabriela” segue uma história de época e tem uma “espécie de licença criativa” já que se trata de uma história de ficção, mas mesmo assim mostrará possibilidades interessantes em seus modelos, tecidos e adereços.
Agora, é esperar pela estreia, prestar atenção e adaptar ao gosto de cada telespectadora.
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