17 de setembro | 2023

Terroristas do 8 de janeiro começam a ser punidos

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“Locutor de Rodeios de Olímpia, que participou dos atos de 8 de janeiro, também deverá ser julgado pelo STF”.

 

Do Conselho Editorial

O Brasil passou durante quatro anos por um governo que estimulava o ódio e o preconceito criando em certa camada da população a sensação de impunidade.

Mais que isto, a ideia de que liberdade de expressão é algo ilimitado permitindo a anulação do outro através da intimidação.

Aliados a intimidação que expunha questões de ordem moral, algumas vezes inventadas, Fake News, aos atos violentos, parcela mais progressista da população, ou até quem não aceita como regra métodos violentos e condenáveis, foram atacados pela manada no governo passado.

Este jornal e a Rádio Cidade, de diretores a colaboradores, foram alvos de uma campanha difamatória violenta, além de terem o estúdio da emissora e a sede do jornal criminosamente incendiados pelo bolsonarista réu confesso, ex-bombeiro municipal, Cláudio José de Azevedo Assis, vulgo Cláudio Baia.

O fato ocorreu na madrugada do dia 17 de março de 2021.

Cláudio José de Azevedo Assis, o vulgo Cláudio Baia, foi condenado a cumprir 4 anos e oito meses em regime semiaberto e mais 14 dias multa (além da obrigação de indenizar a vítima em R$ 5.260,80 corrigidos), por ter colocado fogo na entrada da residência e ter deixado um galão de gasolina (que acabou explodindo) na porta do jornal Folha da Região de Olímpia (onde também funciona a rádio Cidade FM).

Estimulado pela liderança do ex-presidente Bolsonaro e financiado por expoentes das finanças ligados aos setores conservadores do país, várias outras ações criminosas ocorreram pelo país afora.

A ideia central inicial seria desacreditar as instituições, o voto nas urnas e obrigar uma intervenção militar.

Com a derrota eleitoral, os terroristas, depois depredadores e incendiários, acampados na frente de quartéis, passaram a defender a tese inconstitucional de desrespeito ao resultado das urnas, da intervenção militar e assunção ao poder do candidato derrotado nas urnas.

Com este inconformismo estimulado pelos gabinetes do ódio e pelo discurso divisionista da liderança derrotada nas urnas, crédulos da impunidade e da instalação de uma ditadura no país, extrapolaram sua fúria e loucura.

Invadiram as sedes dos três poderes, saquearam, destruíram o Palácio do Planalto, o Senado e o STF, ação bárbara e sem registro na outrora civilizada e pacífica nação brasileira.

Presos e alvo de investigações, denunciados começaram a ser julgados pelos ministros do Supremo Tribunal Federal que pretendiam destruir em 8 de janeiro.

O primeiro réu julgado e condenado por participação nos atos golpistas de 8 de janeiro em Brasília foi o bolsonarista Aécio Lúcio Costa Pereira, de 51 anos, morador de Diadema (SP), que foi condenado a 17 anos de prisão.

Ele foi condenado por cinco crimes: associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

O segundo réu, Thiago de Assis Mathar, tem 43 anos e é da cidade de São José do Rio Preto, foi condenado pelo STF a 14 anos de prisão, por ter cometido cinco crimes durante as invasões dos prédios públicos em 8 de janeiro.

O terceiro réu foi condenado a 17 anos de prisão. Matheus Lima de Carvalho Lázaro, tem 24 anos, possui domicílio em Apucarana e foi preso ainda na Esplanada dos Ministérios portando um canivete, após deixar o Congresso Nacional.

Além da prisão, Matheus Lázaro deverá ressarcir o Estado brasileiro – junto a outros investigados – no valor de R$ 30 milhões, em decorrência de sua participação na depredação das sedes dos três Poderes, em Brasília.

Matheus foi condenado pelos crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado. 

Importante notar que todos os condenados terão que ressarcir o patrimônio público.

Muito embora a corrente extremista da direita local pretenda transformar em herói o jovem ultradireitista de Olímpia, Jonatas Henrique Pimenta, que foi preso em flagrante em Brasília participando dos atos terroristas que praticamente destruíram as sedes dos três poderes em Brasília, é importante anotar que o mesmo também será julgado pelo STF.

E, por menor que seja a pena aplicada, será responsabilizado, como todos, pelos prejuízos causados a nação brasileira.

Todos os terroristas que antecederam ou participaram do 8 de janeiro, estimulados pela onda de hostilização e ódio que promoveram o terror e praticaram crimes começam a ser punidos, para que fique a lição de que viver em sociedade implica em ter limites e o limite é ser civilizado, coisa que eles não foram.

E, se não foram, que paguem pelos excessos cometidos na forma dura da lei.

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