29 de outubro | 2022

Que país você deseja para si e para os seus?

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“O que uma nação precisa é de paz e isso só ocorre se não for estimulada a violência, se as vozes não forem caladas pelas ameaças e a imprensa não for atacada pelo terror na boca da madrugada”.

 

Do Conselho Editorial

Domingo, dia 30 de outubro os brasileiros se dirigirão as urnas para definir não apenas e tão somente quem vai ser o próximo eleito a presidir o país pelos próximos quatro anos, vão definir o destino da nação e dos seus habitantes.

Para quem pensa socialmente, enxerga para além das coisas simplistas que rondam e habitam o senso comum, o próprio destino da natureza, da vida, da diversidade, da democracia e da liberdade estarão em jogo.

Lógico que cada cabeça e cada coração faça de forma diferenciada a leitura sobre cada uma das necessidades humanas expostas pela ótica da racionalidade ou irracionalidade, da sensatez ou imprudência.

Pretender que haja consenso e equilíbrio nas escolhas seria como retirar delas seu senso de humanidade e a vocação para o erro e o acerto que o ser humano traz em si.

Não fora assim osespíritos da evolução e do retrocesso não teriam sido marcas constantes na trajetória do homem sobre a terra.

E esta trajetória, que tem a marca própria dos conflitos particulares e das grandes guerras, pressupõe a constante preocupação de ter domínio total sobre o outro, impondo fórmulas embutidas em normas e obrigações que se interpreta seria o ideal para a vida comum.

Não fora assim não teria sido eliminada grande parte dos indígenas americanos para ampliação do território e domínio dos homens brancos.

Os navios negreiros e as nações a que pertenciam não teriam usurpados direitos da população africana esparramando-a pelo mundo para ser explorada como mão de obra escrava.

Os persas, incas e maias não teriam sido eliminados em razão do ouro e pedras preciosas que seus territórios detinham.

Os bandeirantes não aniquilariam tantos indígenas em busca de bens materiais e os religiosos não forçariam a destruição de suas crenças em favor de uma catequização em nome de um Deus de ódio e desamor.

A biblioteca da Alexandria não teria sido queimada e Hipátia não teria sido apedrejada e morta não fora a tentativa da negação do conhecimento e desvalorização da ciência.

A revolução francesa não teria dado origem a guilhotina e seu inventor, Jean de Guilhotin, não teria emprestado seu pescoço para provar quanto afiado era seu fio e qual o efeito causaria na população a morte por motivações políticas.

Enfim e finalmente, Robespierre, que patrocinou os momentos mais cruéis do que foi a revolução precursora da discussão de direitos fundamentais do cidadão que, com sua história, diga o custo da opressão e da vontade de impor o pensamento único.

O sangue que jorrou de seu pescoço na afiada guilhotina se equivale ao que ficou estancado na garganta do ditador Mussolini quando o penduraram de cabeça pra baixo em uma travessa de um posto de gasolina.

Ou o que sobrou no veneno que conduziu Hitler para os braços do demônio junto com seus demoníacos seguidores na solidão de um bunker destruído pelas armas de guerra.

Para que fatos anormais e cruéis, devastadores do sentido de civilização na sua mais alta expressão é que os tempos modernos e atuais conferem ao povo o livre e justo direito de escolha através do voto.

É conferido aos que se apresentam enquanto candidatos as vagas um espaço de tempo para mostrarem suas propostas e demonstrarem suas intenções.

Escolhidos em primeiro turno, alguns governadores, senadores, deputados federais e estaduais, resta agora, no segundo turno das eleições, a escolha de governadores em alguns estados e do futuro presidente da república.

Consciência na hora do voto é o que deveria ter todo eleitor e todo voto deveria ser baseado em convicções tiradas dos eventos patrocinados durante o período eleitoral.

Embora não seja o que na maioria das vezes ocorre, o ideal seria que todos votassem de acordo com suas convicções e não pela vontade de impor um regime que satisfaz a si e ao interesse mesquinho do grupo a que está atrelado.

O ideal seria que a escolha fosse baseada no que pode ser melhor para que a sociedade avance em termos de projetos e de progresso.

Os exemplos nefastos que a história traz deveria ser referência para o que não se deseja por não terem dado certo e por suscitarem o ódio, o medo e a morte.

O que uma nação precisa é de paz e isso só ocorre se não for estimulada a violência, se as vozes não forem caladas pelas ameaças e a imprensa não for atacada pelo terror na boca da madrugada.

Não importa qual sua opção, procure votar a favor da pacificação do país e do resgate das instituições e da normalidade.

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