01 de março | 2020

Pimenta foi cínico ou inescrupuloso ao tratar da morte do Sr. Ilário?

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“- Onde esteve Gustavo Pimenta quando todas as outras tragédias ocorriam?”

DO CONSELHO EDITORIAL

Na última sessão da Câmara Municipal o ex-vice-prefeito de Olímpia por dois mandatos, ex presidente da Câmara Municipal e atual vereador Gustavo Pimenta manifestou contrariedade e indignação em relação a dor de uma mulher pelas mortes do neto e do avô.

Atribui às mortes, o agora vereador, a ineficiência da saúde pública e pede a cabeça do secretário da Saúde Marcos Pagliuco que, ao que tudo indica, tem os cordões do seu cargo marionete atrelados aos dedos de Hilário, Fernan­dinho, Lisse e sob o comando de Cunha.

Tardiamente Pimenta pode estar reconhecendo o que este jornal está propagando há bastante tempo e que nossos representantes públicos ocultam, omitem ou escondem.

Necessário discutir o que pode estar por trás da crítica tão pesada trazida a público pelo ex-vice-prefeito Pimenta, que ao tempo que dividia o poder Executivo arrastava silenciosamente tantos cadáveres à costa.

E da mesma maneira silenciosa e covarde se postou enquanto presidia o Legislativo e fazia parte da bancada do atual prefeito e vidas transformadas em defuntos baixavam a sepultura com suspeitas de que o serviço público de saúde ineficiente contribuiu para que sucumbissem ou por tratamento inadequado ou pela falta.

E, vereador, enquanto se ampliava a pilha de cadáveres, insensível, Gustavo do alto de inércia, como ave astuta de rapina, hiena, raposa velha da política, parece que aguardava o momento certo para tirar proveito demagógico e populista da dor da perda de muita gente que assistiu calado e insensível, sem um pio.

Bastou que fosse lançado pré-candidato a prefeito que, para desgastar a atual administração, vem a público lamentar a infeliz morte do Sr. Ilário, indignado, como se estivesse a balançar para retirar dos seus costados os defuntos que seu passado observou inerte.

É claro que qualquer um tem que se indignar verdadeiramente com a morte do neto e do avô Ilário, assim como não se manter alheio a toda e qualquer ameaça a vida de qualquer ser humano quando colocada em risco pela incapacidade e irresponsabilidade daqueles que tem o dever de cuidar do cidadão.

Marcos Pagliuco e sua trupe de muito já deveriam ter sido expurgados da saúde pública local e se lá estão é pelo silêncio criminoso dos nossos legisladores que só se atentam para os descalabros por interesse em ano eleitoral.

E a indignação calculada e fria de Pimenta não pode ter outra explicação senão a motivação política, considerando-se que quando vice-prefeito, no governo Eugênio, o caos na saúde pública levou às lágrimas tantas famílias e, quando presidente da Câmara com Cunha também.

E, vereador, não há uma declaração que seja sobre o caos da saúde que continua tão perversa e ineficiente quanto era no governo Eugênio/Pimenta.

Agora, pra cativar o eleitorado mais pobre, que é maioria e os mais atingidos pela catástrofe na saúde pública, sai da cova rasa da manipulação e da demagogia o do cinismo, Pimenta, o zumbi de cérebros desavisados, para mostrar uma indignação que nunca teve e que aflora nas piores almas no período eleitoral.

A saúde pública deve ser discutida e melhorada sempre com boas intenções pelo homem público. Tratar o cidadão comum como esquecido e idiota é como obrigá-lo a se perguntar:

– Onde esteve Gustavo Pimenta quando todas as outras tragédias ocorriam?

Ou:

– Pimenta foi cínico ou inescrupuloso ao tratar da morte do Sr. Ilário?

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