“Como bem se pode depreender do relato histórico nem no período monárquico, quando o país era surrupiado em suas riquezas por países da Europa, os governantes chegaram a este ponto máximo de cinismo e corrupção ao ponto de transformar o bem público em bem privado”.

Do Conselho Editorial

A grande mídia tem noticiado à exaustão que Jair Bolsonaro e Michelle teriam recebido alguns presentes em viagem internacional e tentado transformá-los em bens de ordem pessoal, o que é vedado por lei que rege a matéria.

Em razão da obrigatoriedade legal, os ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) determinaram, por unanimidade, que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) entregue o pacote com joias de luxo que recebeu do regime da Arábia Saudita.

A entrega dos itens deverá ser feita à Secretaria-Geral da Presidência da República e foi determinado o prazo de até cinco dias para a entrega dos presentes.

A Secretaria-Geral terá que manter os bens em custódia até o TCU deliberar novamente sobre o caso. O pacote de joias, todas da marca suíça de diamantes Chopard, inclui: relógio, caneta,anel,abotoaduras emasbaha (um tipo de rosário).

Bolsonaro também terá de devolver um fuzil e uma pistola que recebeu de presente em 2019, dos Emirados Árabes.

Os ministros determinaram ainda a realização de uma auditoria em todos os presentes recebidos por Bolsonaro durante seu período como presidente da República.

O tribunal também tornará essa auditoria permanente, fiscalizando a cada quatro anos, sempre no fim do mandato de um presidente da República, se os presentes recebidos foram corretamente catalogados em acervo público ou privado.

O título do editorial chama para Michelle Bolsonaro, pois as joias, segundo quem transportou, seriam destinadas a ela.

A questão da coroa é porque se pretende traçar um paralelo entre o comportamento da família imperial e a “familícia” em questões relacionadas.

A monarquia fazia uso de joias nas aparições públicas como todo governante, o que vai se tratar é como lidavam com a questão.

Há quem defenda que a atitude dos Bolsonaros de se apropriar das joias e armas é correta por se tratar de presente.

As joias da coroa brasileira são: conjunto de objetos simbólicos usados pelo soberano brasileiro durante sua coroação, tais como coroas,brincos,tiaras e honrarias.

Muitos foram fabricados e outros foram comprados ou adquiridos, como, por exemplo, as joias das imperatrizes.

As joias do Império do Brasil foram os adereços e regalias oficiais de uso do Imperador do Brasil durante o período monárquico brasileiro.

Utilizadas pela Família imperial brasileira até 1889, dentre elas a famosa Coroa de Dom Pedro II. Parte das joias se encontram expostas no Museu Nacional no Rio de Janeiro e outras no Museu Imperial de Petrópolis, desde 1943.

Algumas também se encontram em Brasília.

Eram usadas nas cerimônias de Aclamação, Sagração e Coroação dos imperadores do Brasil.Elas também eram usadas nas duas sessões solenes de Abertura e Fechamento da Assembleia Geral.

Fazem parte das regalias a Coroa de Pedro I, o Cetro Imperial, os Trajes Majestáticos, a Espada do Ipiranga e as Medalhas do Império, todos conservados em território brasileiro.

Como bem se pode depreender do relato histórico nem no período monárquico, quando o país era surrupiado em suas riquezas por países da Europa, os governantes chegaram a este ponto máximo de cinismo e corrupção ao ponto de transformar o bem público em bem privado.

As joias da coroa estão conservadas em território brasileiro.As joias e as armas que a família Bolsonaro pretendia incorporar em seu patrimônio, quando vencer o prazo para devolução, se saberá onde estiveram ou não.