31 de maio | 2020

Gabinete do ódio de Brasília sendo desmontado e o de Olímpia atuante

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“Depois de um debate xoxo se acham que não convenceram não vai haver argumento político, de convencimento, vai ter agressão e ataque a honra.”

Do Conselho Editorial

Ação espetacular e espetaculosa do Ministro do Supremo Alexandre de Morais colocou em polvo­rosa o conhecido Gabinete do Ódio que dá sustentação ao governo Bolsonaro.

Instalado segundo ex deputados bolsonaristas no Palácio do Planalto e conduzido por Carlos Bolsonaro, a função deste gabinete como o próprio nome já diz é propagar ódio contra os inimigos,  para bolsonarista parece não existir adversários,  e atacar quem divirja de suas posições.

A coisa é tão radicaliza­da e extrema que quem foi considerado unanimidade entre bolsonaristas se por caso divergir da implantação do sistema autoritário e ditatorial do  extremistas de direita, se transforma em passe de mágica em terrível comunista a serviço das piores intenções possíveis.

O tal gabinete do ódio tanto fez que conseguiu dar significativa contribuição para que o presidente rompesse com o PSL, partido que o elegeu, e transformou o partido em um depósito de corruptos comunistas maior e mais temível dos que houve até então, na opinião deles.

E o gado fanático que os acompanha não se pergunta como pode o partido e seus eleitos terem mudado tão significativamente depois de Bolsonaro ter saído.

Como em um passe de mágica todos os homens de bem que eram filiados ao partido repentinamente resolveram se corromper como se o que impedisse a corrupção fosse a presença do mito na instância partidária.

Pessoas que eram gente de bem passaram a ser associadas  a filosofia de Maniqueu no jogo do bem e do mal ocupando posição diversa da que ocupavam antes, passaram para o lado do mal segundo o tal gabinete.

Vale frisar que Bolsonaro e sua troupe não conseguiram montar um partido para abrigar suas intenções eleitoreiras dando a impressão que pode não haver tanta gente de bem no país ou que eles expressam um mal tão grande que é temerário estar com eles.

E há motivos a endossar o temor de estar com eles.

O governador do Rio, Wilson Witzel, não só esteve como foi eleito  pelos bolsominions e hoje, para o gabinete do ódio, é a face da corrupção, o homem a ser perseguido pelos defeitos que adquiriu após o rompimento.

 Muitos se lembrarão do BolsoDória, este João bem Mané, que ora desgoverna este Estado e que já foi tido e havido como homem do bem pela patrulha ideológica do Planalto e hoje parece que é a  encarnação do sete pele que é imortal.

E o grande combatente da corrupção, o outrora salvador da pátria, o homem mais honesto e corajoso do país, o grande justiceiro que abandonou a toga para ser Ministro da Justiça no que se transformou?

O que o Gabinete do Ódio fez e faz com Moro que tanto elogiou, que se suspeita tenha eleito Bolsonaro, é de uma injustiça gigantesca até para quem é radicalmente anti Bolsonaro e anti Moro.

E os motivos que levaram o ex ídolo dos amantes do Mito a se demitir do cargo de Ministro é uma prova de quase incontestável de que Bolsonaro é mais corrupto do que todos os corruptos que chama de corrupto.

Isto levando-se em consideração o que os fanáticos mitômanos pensavam acerca de tudo que Moro falava e investigava quando era juiz.

Ficou claro na denúncia de Moro que o presidente desejava interferir na Policia Federal para interromper investigações contra seus filhos, só isto em um país sério o levaria a prisão.

Destituído Moro, interferiu na PF que logo após levou espetacu­losa ação contra seu adversário Witzel.

Bolsonaro aplaudiu e elogiou do cercadinho do Planalto e o gabinete do ódio repercutiu satisfeito a operação .

Os mesmos aplausos e elogios não se deram quando deputados e ligados a ele, blogueiros e membros do Gabinete do Ódio, foram alvos de mandados de busca e apreensão no inquérito instaurado por Tofolli sob comando de Moraes que apura ataques ao Supremo e distribuição de Fake News.

É preciso notar que este inquérito pelo menos até a presente data não se refere a nenhuma ação suspeita da Presidência da República e nem dos filhos do presidente.

Não havendo, em tese, razão para preocupação em relação a investigação se não houvesse temor de que a mesma chegasse em si e nos próximos.

Nunca houve na história da República um presidente que pretendesse determinar a forma como deve atuar o Supremo Tribunal.

Aos investigados cabe questionar através dos meios legais a legitimidade e constitucionalidade da ação e não ao Presidente da República e muito menos ao Ministro da Justiça que impetrou habeas corpus em favor do Ministro da Educação extensivo aos investigados no caso das Fake News.

E o que pode ser mais grave ainda neste caso.

Colunas de grandes jornais destacam que Jair Bolsonaro e Carlos Bolsonaro trocaram seus aparelhos celulares.

Pode não ter nada a ver ou ter tudo a ver.

Tudo isto acontecendo e a galera bovina e fanática sentada na praça dando milho aos pombos e aplaudindo o que contestava antes ou fingia que contestava porque agora apóia, endossa, distribui e até aplaude as mentiras do Gabinete do Ódio.

Em Olímpia há um Gabinete do Ódio também, em pleno funcionamento, distribuindo Fake News e mentiras a granel para transformar em viável a pré candidatura a prefeito de um vereador.

Há quem acredite nas fake News postadas por este que vai se transformando em um mentiroso contumaz e sua equipe e os ânimos vão se acirrando criando uma polarização e uma mal estar desnecessário na política local.

Se um cidadão comum, destes que gostam de opinar, contrariar o exposto na página Olímpia Legal, que sustenta e distribui as Fake News do vereador, os laranjas e os robots humanóides desossam a moral da figura.

Se criticar a postura inadequada nas redes sociais do candidato “tá no corgo” como falam alguns olimpienses.

 Os argumentos para inibir os possíveis contestadores são de ordem pessoal.

Depois de um debate xoxo se acham que não convenceram não vai haver argumento político, de convencimento, vai ter agressão e ataque a honra.

E haja mentira por ali e haja louvação a um mito que não resiste a um debate.

Imitando o mito como imita possivelmente foge de debate por falta de preparo.

O que preocupa é que a tendência é de que a campanha eleitoral, vindoura, pelos sinais emitidos pelo Gabinete do ódio local, tenha os mesmos contornos de enfrentamento e violência nas mídias sociais que teve as eleições presidenciais.

Isto não é nada bom, não produz resultado positivo para a sociedade.

A instabilidade, insegurança jurídica, falta de governabilidade, desmoralização das instituições, descrédito mundial que se está vivendo é fruto disto.

O Gabinete do ódio de Brasília está sendo desmontado depois de causar tantos danos a nação, principalmente no tocante a distribuir inverdades neste período de pandemia.

Os sinais são claros e apontam para uma campanha de baixo nível se o gabinete do ódio de Olímpia não for desmontado a tempo.

Não há exagero quando se combate a mentira e há menos ainda quando se combate o ódio.

O ódio e a mentira destroem, fazem com que o ser humano seja menos, diminuto, asqueroso, doentio.

Só a verdade e o amor constroem. 

 

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